Brasil faz 1ª transação com debênture por meio de blockchain
Emissão de 66 milhões de reais foi distribuída em 440 títulos de 150 mil reais cada a cinco investidores qualificados (Imagem: Pixabay)
O 💥️Brasil teve a primeira negociação com 💥️debênture por meio de blockchain, o que pode abrir caminho para o uso da 💥️tecnologia de registro distribuído para captação de recursos no 💥️mercado de capitais.
A transação foi realizada na segunda-feira por meio da Piemonte, gestora carioca de recursos, com debênture emitida por ela própria e subscrita em ambiente fechado.
A emissão de 66 milhões de reais foi distribuída em 440 títulos de 150 mil reais cada a cinco investidores qualificados, portanto sem esforço de colocação no mercado.
A iniciativa acompanha movimentos similares recentes feitos no exterior. O 💥️Banco Mundial emitiu por meio do blockchain 110 milhões de dólares australianos, distribuída entre investidores na própria 💥️Austrália.
O Brasil teve a primeira negociação com debênture por meio de blockchain, o que pode abrir caminho para o uso da tecnologia (Imagem: Pixabay)
O espanhol Santander emitiu em setembro 20 milhões de dólares por meio do blockchain, seguindo o que já fizera meses antes o francês 💥️Société Générale, numa emissão equivalente a 100 milhões de euros.
Emissores de dívida e investidores têm estado de olho no blockchain, uma plataforma de registros compartilhados, como meio de eliminar intermediários, cortar custos e burocracia para emissão e negociação de títulos no mercado de capitais.
A tecnologia ganhou visibilidade por ser a infraestrutura por trás do 💥️bitcoin, a mais famosa dentre as 💥️criptmoedas.
Diferentes das moedas virtuais, que têm provocado forte reação de reguladores bancários e de mercado ao redor do mundo, o blockchain vem sendo gradualmente implementado por instituições financeiras e por uma série de grandes companhias devido ao potencial de dar maior transparência e de reduzir custos.
No caso da Piemonte, o projeto foi feito em associação com a 💥️fintech norte-americana Horizon Globex, a primeira a realizar emissão privada de ações por meio do blockchain.
Segundo o italiano Alessandro Lombardi, fundador e presidente da Piemonte, a gestora adaptou a tecnologia à legislação brasileira, aplicando-a para a emissão privada de debênture.
“Foi o início de um caminho. Mas no futuro, com uma regulação por parte do 💥️Banco Central e da 💥️Comissão de Valores Mobiliários (💥️CVM), esse pode ser excelente instrumento para as empresas se financiarem por meio do mercado de capitais”, disse.
Esta é a segunda emissão de debêntures da Piemonte. A primeira, em 2017, foi feita de forma tradicional.
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