João Piccioni: feliz 2023… e as vencedoras são as ações!
Depois do forte rali de fim de ano, João Piccioni acredita que maior parte dos leitores tenderia a eleger a renda variável como o carro-chefe dos seus investimentos
Se você tivesse que escolher uma única classe de ativos para colocar todos os seus recursos hoje e retirá-los daqui a um ano, qual seria?
Quando fiz essa pergunta aos leitores da série Carteira Empiricus na metade do ano, as respostas foram as mais variadas possíveis. Alguns, naquele momento, escolheram o poder de remuneração dos títulos do Tesouro atrelados à inflação (IPCA+); já outros preferiram o fluxo de proventos gerados pelos FIIs, enquanto os mais confiantes só tinham olhos para a renda variável.
Passados seis meses, por ora, todas as escolhas se provaram boas. A redução das taxas de juros empurrou o preço dos títulos para cima, os fundos imobiliários se destacaram, e as ações brasileiras caminharam para as suas máximas. Praticamente todas as classes de ativos de risco superaram com folga a taxa básica de juros da economia brasileira.
E agora, ao olhar para 2023, será que as escolhas se repetiriam?
Depois do forte rali de fim de ano, acredito que a maior parte dos leitores tenderia a eleger a renda variável como o carro-chefe dos seus investimentos. Talvez com toda razão, afinal, tanto a renda fixa quanto os fundos imobiliários deveriam (em condições racionais) ver seus retornos prospectivos se reduzirem.
A grande questão, entretanto, é que o otimismo em relação às ações nunca esteve tão exacerbado. Os últimos pregões da Bolsa brasileira são provas incontestes da melhora do sentimento do investidor. O medo de investir em ações ficou para trás e agora tudo o que se ouve (ou se lê) é sobre qual será a próxima Magazine Luiza — ok, talvez tenhamos uma leve parcela de culpa nisso.
Mas não são poucos os negócios que precisarão se provar em 2023 para justificar a forte valorização das ações. A possibilidade de todas as companhias que estão na Bolsa darem certo ao mesmo tempo é algo um tanto quanto improvável e isso deveria ser tão claro quanto água.
A lição número 1 da gestão de recursos deve ser seguida à risca neste novo ano: diversifique a sua carteira de ações
Portanto, a lição número 1 da gestão de recursos deve ser seguida à risca neste novo ano: diversifique a sua carteira de ações. Mantenha posições em diversos setores da economia e não coloque todas as suas fichas em uma única empresa, por mais correta que a sua tese de investimento possa parecer. Essa atitude vai ajudá-lo a manter o otimismo, mesmo quando a luz amarela acender — e ela vai acender.
Além disso, como em todo bom processo de maturação, expanda o seu portfólio para além das fronteiras. Oportunidades de multiplicação de capital existem no mundo inteiro e estão disponíveis para todos. E agora, para acessá-las o caminho ficou bem mais curto. Na série MoneyRider, explico o passo a passo para você montar uma carteira vencedora lá fora.
Resumindo, somente com um portfólio inteligente (leia-se diversificado) você conseguirá aproveitar as oportunidades que despontam no horizonte de 2023. Mas lembre-se: os riscos estão ocultos e surgem de repente, trazendo o pêndulo comportamental rapidamente para a zona do medo. E é nesse instante que as escolhas acertadas fazem (toda) a diferença e mantêm o investidor de sucesso preparado para aproveitar o dia seguinte.
Desejo que 2023 seja um excelente ano para você, ainda mais próspero para seus investimentos do que foi 2023.
Nesta segunda-feira, último pregão do ano, os mercados apontam para mais um dia de ganhos. O Ibovespa Futuro subia quase 0,5%, enquanto o dólar apresentava leve desvalorização. Lá fora, as Bolsas americanas negociavam perto da estabilidade.
Forte abraço,
João Piccioni.
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