Bolsonaro pode desistir de viagens a Davos e Índia em janeiro
A perspectiva de Bolsonaro não ir a Davos, segundo uma fonte com conhecimento do assunto, tem levado em conta uma série de variáveis, como o esvaziamento do evento (Imagem: REUTERS/Arnd Wiegmann)
O presidente 💥️Jair Bolsonaro pode desistir das duas viagens internacionais previstas para este mês, a participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, e depois uma visita oficial à Índia, que tinham como foco principal a economia.
O porta-voz da Presidência, general 💥️Otávio Rêgo Barros, disse em briefing à imprensa no início desta noite que há a possibilidade de Bolsonaro desistir das duas viagens.
Mais cedo, em contato com a reportagem da Reuters, ele havia garantido a ida do presidente.
“A primeira, Davos, está sub judice”, disse Barros no briefing, após revelar que em reunião nesta manhã foram discutidas as viagens do presidente para o Fórum Econômico e também para a Índia.
A perspectiva de Bolsonaro não ir a Davos, segundo uma fonte com conhecimento do assunto, tem levado em conta uma série de variáveis: o esvaziamento do evento, com uma série de líderes governamentais desistindo de comparecer ao encontro, e até o receio decorrente do aumento da tensão internacional por causa do assassinato por forças dos EUA do comandante militar iraniano Qassem Soleimani, decorrente de um ataque de drone ordenado pelo presidente 💥️Donald Trump.
A eventual participação de Bolsonaro em Davos seria a segunda ele no fórum, onde estreou, em janeiro do ano passado, em suas viagens internacionais como presidente.
Há ainda a possibilidade de o presidente só ir para a Índia, onde seria recebido como convidado de honra para as celebrações do Dia da República da Índia (Imagem: Alan Santos/PR )
Na ocasião, o presidente disse em discurso ter a credibilidade para fazer as reformas necessárias ao Brasil e que o mundo esperava que fossem feitas pelo país, sem detalhar, no entanto, quais seriam essas reformas e deixando de citar naquele momento até mesmo a 💥️reforma da Previdência, apontada por todos como a prioridade.
Este ano, Bolsonaro teria como apresentar a aprovação da reforma da Previdência e os primeiros sinais de melhoria do ambiente econômico, como a retomada do crescimento do país e uma leve redução da taxa de desempregados. Este problema, contudo, ainda atinge 11,9 milhões de brasileiros.
Há ainda a possibilidade de o presidente só ir para a 💥️Índia, onde seria recebido como convidado de honra para as celebrações do Dia da República da Índia, em 26 de janeiro, quando é comemorada a entrada em vigor da Constituição indiana.
Em uma de suas declarações na sexta-feira, Bolsonaro destacou que a Índia é um país que tem um comércio enorme e que está interessado em abrir mais portas para o Brasil no exterior. O país asiático, com 1,3 bilhão de pessoas, tem alcançado elevadas taxas de crescimento nos últimos anos.
No briefing, o porta-voz disse que a decisão sobre as viagens internacionais em janeiro tem levado em conta uma série de aspectos (Imagem: Wilson Dias/Agência Brasil)
Em novembro, durante a Cúpula dos 💥️Brics em Brasília, Bolsonaro recebeu o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, em encontro bilateral, no Palácio do Planalto. A reunião serviu para discutir a relação comercial entre os dois países.
Uma terceira viagem internacional inicialmente prevista para este mês, à Antártida, foi cancelada, segundo o porta-voz mais cedo.
No briefing, o porta-voz disse que a decisão sobre as viagens internacionais em janeiro tem levado em conta uma série de aspectos, não apenas o da saúde de Bolsonaro. Ele havia sido questionado sobre a hérnia no abdômen do presidente, mas descartou uma nova intervenção cirúrgica.
“A possibilidade de o presidente se submeter a uma nova cirurgia é zero”, disse Barros, para quem Bolsonaro está sendo muito bem acompanhado pela equipe médica.
O porta-voz disse que a viagem do presidente aos Estados Unidos em março incluirá idas a Miami e Dallas para encontros com empresários do setor da defesa.
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