Lista de inimigos de Trump não consegue impedir expansão da Huawei
A Huawei não está apenas sobrevivendo, mas de fato prosperando em algumas áreas. A questão é: por quanto tempo? (Imagem: REUTERS/Aly Song)
Nos dias seguintes ao anúncio do governo dos 💥️Estados Unidos de que iria barrar a compra de importantes componentes do país pela 💥️Huawei Technologies, o fundador da empresa chinesa, Ren Zhengfei, convocou uma reunião de emergência com seus principais executivos na sede em 💥️Shenzhen.
Em uma grande sala de conferências, o bilionário pediu um relatório ao responsável de cada unidade de negócios sobre como seriam afetados pela proibição do governo 💥️Trump, que impede empresas americanas de fornecerem uma variedade de produtos, como semicondutores e software.
As avaliações foram assustadoras. “Pensávamos que tínhamos perdido o mundo”, disse Will Zhang, que participou como presidente de estratégia corporativa.
Mas os executivos foram muito pessimistas. A Huawei registrou aumento de 18% das vendas, atingindo um novo recorde de 850 bilhões de yuans (US$ 122 bilhões) no ano passado, embora a receita tenha caído cerca de 23% no primeiro semestre com metas internas abaixo do esperado.
As projeções da empresa para 2023 são semelhantes. A Huawei mantém a invejável posição de ser a maior fornecedora mundial de equipamentos de comunicação para operadoras de telecomunicações e a maior fabricante de smartphones do mundo depois da Samsung Electronics.
A Huawei não está apenas sobrevivendo, mas de fato prosperando em algumas áreas. A questão é: por quanto tempo? Na semana passada, executivos alertaram em um memorando de Ano Novo que a sobrevivência em si é uma prioridade, pedindo aos funcionários que se preparem para um difícil 2023.
Estoques com componentes da lista negra divulgada em maio de 2023 estão se esgotando. A empresa não pode mais contar apenas com o “momentum” para impulsionar os negócios, alertou o presidente rotativo, Eric Xu.
Como a Huawei sobreviveu às restrições da lista negra dos EUA pode ser um caso de consequências não intencionais a ser estudado e uma vasta mudança em andamento na produção global de TI. A Huawei é uma grande cliente para todos seus fornecedores, e alguns realmente cortaram laços após a divulgação da lista negra.
Outros migraram para rivais no Japão e na Coreia do Sul. Mas empresas dos EUA com amplas operações globais, como a Microsoft e a fabricante de chips Micron Technology, encontraram formas legais de contornar a proibição, apoiando-se na produção fora dos EUA para que os produtos destinados à Huawei não fossem atingidos.
A própria Huawei colocou exércitos de engenheiros para trabalhar na reformulação de produtos e, assim, reduzir sua dependência de componentes americanos.
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