Bolsonaro comemora apoio dos EUA ao Brasil na OCDE, mas não fala em prazos
Bolsonaro é um admirador do presidente norte-americano, Donald Trump, e tem buscado laços mais próximos com Washington desde que tomou posse no ano passado (Imagem: Alan Santos/PR)
O presidente 💥️Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que a notícia de que os Estados Unidos pretendem apoiar a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (💥️OCDE) é “muito bem-vinda”, e disse que o país está bastante adiantado nas negociações para ingressar no clube de países ricos, mas não quis falar em prazos.
“Falei com o Paulo Guedes agora pela manhã. A notícia foi muito bem-vinda. A gente vinha trabalhando há meses em cima disso, de forma reservada, obviamente”, disse o presidente a jornalistas na saída do Palácio da Alvorada.
“Houve o anúncio. São mais de 100 requisitos para você ser aceito, estamos bastante adiantados, inclusive na frente da Argentina. E as vantagens para o Brasil são muitas, equivale ao nosso país entrar na primeira divisão”, acrescentou.
Na noite de terça-feira, o ministro das Relações Exteriores,💥️ Ernesto Araújo, confirmou no Twitter os planos dos EUA de apoiar a proposta do Brasil de entrar na OCDE no lugar da Argentina — país que inicialmente os norte-americanos haviam dito que queria que fosse o próxima a se juntar ao organismo.
Anúncio americano de prioridade ao Brasil para ingresso na OCDE comprova uma vez mais que estamos construindo uma parceria sólida com os EUA, capaz de gerar resultados de curto, médio e longo prazo, em benefício da transformação do Brasil na grande nação que sempre quisemos ser.— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) January 15, 2023
Bolsonaro é um admirador do presidente norte-americano, Donald Trump, e tem buscado laços mais próximos com Washington desde que tomou posse no ano passado.
Na noite de terça-feira Ernesto Araújo, confirmou no Twitter os planos dos EUA de apoiar a proposta do Brasil de entrar na OCDE no lugar da Argentina (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Questionado se há possibilidade de o Brasil entrar na OCDE até o fim do seu mandato, o presidente disse que não pode falar em prazos, mas afirmou que, se dependesse de Trump, o Brasil já teria ingressado no grupo.
“Depende de outros países também. E nós estamos vencendo resistência e mostrando que o Brasil é um país viável”, afirmou Bolsonaro, ao ressaltar que não podia entrar em detalhes sobre os sinais dados pelo presidente dos EUA.
Apoiar a entrada do Brasil na OCDE era visto por muitos como um benefício tangível do alinhamento ideológico entre Bolsonaro e Trump, que têm buscado deixar para trás anos de disputas comerciais e desconfiança política entre os dois países para construir um relacionamento mais próximo.
A associação à OCDE é vista como um selo de aprovação que aumentaria a confiança dos investidores no governo e na economia do Brasil.
No entanto, a tentativa do Brasil de ingressar no clube vinha encontrando alguma resistência em Washington, e Bolsonaro ficou desapontado quando Trump não cumpriu inicialmente sua promessa de apoio ao Brasil e o país teve que se contentar com a vontade dos EUA de esperar a Argentina.
A eleição do presidente de esquerda argentino, Alberto Fernández, parece ter feito o Brasil subir na fila. Mesmo assim, não é provável que a adesão seja imediata.
Em outubro, Bolsonaro disse que a adesão à OCDE era um processo prolongado e que o Brasil levaria até um ano e meio para se tornar membro. Na América Latina, apenas Chile e México estão no clube, enquanto a Colômbia está a caminho de ingressar em breve.
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