Soja recua: no curto prazo, mercado não vê explosão de compras chinesas dos Estados Unidos
Soja segue pressionada por um acordo comercial com menor apetite do que se pensava (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)
O acordo sino-americano está deixando o mercado da soja mais na expectativa da segunda fase do que sobre a primeira recém firmada. A frieza dos agentes vem das tarifas que ainda serão praticadas pelos Estados Unidos e com China certamente comprando apenas para a necessidade, além de que o avanço das compras de Pequim não será tão generoso quanto parece.
Essa é avaliação de Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, tentando entender a “perda de suporte (na bolsa de Chicago, CBOT) dos US$ 9,30 (bushel) nas posições curtas e de US$ 9,80 nas longas”.
Nesta passagem da quinta (16), 14h35 (Brasília), o vencimento março cai em torno de 3,2 pontos (a US$ 9,25).
Para o consultor, a soja americana seguirá sendo taxada em 25%, provavelmente até a assinatura do acordo complementar – ao menos seguindo o que o governo Trump anunciou – e “os chineses, que não são bobos”, não deverão importar nada excepcionalmente. O que, sim, poderá acontecer quando as tarifas caíssem definitivamente. Daí então que os fundamentos de alta ainda não se perderam, frisa Vlamir Brandalizze, acentuando o déficit global projetado depois que a China voltar firme comprando.
A outra medida de contenção de uma explosão da demanda chinesa no curto prazo vem dos números divulgados. Brandalizze classifica os US$ 12,5 bilhões de compras do agronegócio em 2023 e os US$ 19,5 bilhões no ano que vem, somando US$ 32 bilhões, nada que o mercado esteja vendo como extraordinário.
Ele lembra que em 2018, com menos tempo de guerra comercial e de tarifas mais altas, os chineses compraram quase US$ 10 bilhões dos Estados Unidos.
O que você está lendo é [Soja recua: no curto prazo, mercado não vê explosão de compras chinesas dos Estados Unidos].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
Wonderful comments