Bancos pressionam BCE para fim de taxas de juros negativas

BCE Banco Central Europeu

O objetivo do BCE é aquecer a economia e acelerar a inflação, fazendo com que os que têm excesso de caixa invistam ou gastem (Imagem: REUTERS/Kai Pfaffenbach)

Enquanto o 💥️Banco Central Europeu reavalia sua estratégia após anos de fortes estímulos, os executivos do setor bancário aumentam a pressão para que a autoridade monetária reverta meia década de taxas de juros negativas.

A política é uma “distorção” e, quanto mais tempo estiver em vigor, “mais os efeitos colaterais se tornarão importantes”, disse Axel Weber, presidente do conselho do 💥️UBS, no Fórum Econômico Mundial em Davos.

As taxas negativas “não são um bom lugar para permanecer”, lamentou Kees van Dijkhuizen, presidente do banco holandês ABN Amro Bank. Christian Sewing, que comanda o 💥️Deutsche Bank, foi ainda mais direto, dizendo que o BCE “errou a saída” quando o crescimento ficou mais forte.

Os apelos ao fim do experimento aumentam com os crescentes custos para os bancos e o temor de taxas negativas sobre depósitos no varejo irrita políticos.

O objetivo do BCE é aquecer a economia e acelerar a inflação, fazendo com que os que têm excesso de caixa invistam ou gastem, mas os efeitos colaterais deixaram bancos da região em desvantagem em relação aos rivais de 💥️Wall Street.

A política de juros negativos também amplia as brechas entre investidores ricos que se beneficiam de financiamento barato e os que veem a poupança da aposentadoria derreter, disse Sewing.

💥️Christine Lagarde, a nova presidente do BCE, busca modernizar a instituição com a revisão da meta de inflação, estudo de medidas alternativas de aumento de preços e avaliação de ferramentas de política monetária.

Mas economistas consultados pela Bloomberg não projetam um aumento dos juros na zona do euro antes do primeiro trimestre de 2022. Isso significa que a montanha de encargos que os bancos já pagaram para depositar dinheiro no BCE continuará a crescer.

Os bancos da zona do euro pagaram 25 bilhões de euros (US$ 28 bilhões) para depositar fundos no BCE desde junho de 2014, segundo dados compilados pela Bloomberg.

O presidente do Société Générale, Lorenzo Bini Smaghi, chamou esses encargos de “impostos” que prejudicam a rentabilidade do banco, porque as instituições são limitadas na capacidade de repasse aos clientes.

No entanto, ainda há um benefício: as estimativas do BCE mostram que, sem suas ações mais amplas de política monetária, o PIB real da zona do euro teria sido 2,7 pontos percentuais menor no fim de 2018.

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