Batalha à privacidade: União Europeia quer banir reconhecimento facial

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Reconhecimento facial pode ser uma arma letal para a privacidade da população mundial se usada para fins de vigilância governamental (Imagem: Pixabay/geralt)

A guerra à privacidade tem muitas frentes de combate: desde violação de dados a perícia de 💥️blockchain e a ameaça iminente do capitalismo de vigilância. Agora, reconhecimento facial está surgindo como o próximo abuso contra a privacidade.

Como resposta à crescente eficácia da tecnologia de reconhecimento facial, a 💥️União Europeia está considerando bani-la por cinco anos para evitar seu uso em áreas públicas como estações de trens, shoppings e praças.

Planos para a proibição foram divulgados em um rascunho de um whitepaper da Comissão Europeia obtido pelo site de notícias 💥️Euractiv.

O documento sugere que autoridades estão considerando uma moratória de cinco anos sobre a implementação até “uma metodologia consistente para avaliar os impactos dessa tecnologia e as possíveis medidas de gestão de risco” possa ser “identificada e desenvolvida”.

Geralmente, reconhecimento facial é associado ao estado de vigilância chinês, onde é intensivamente aplicada em combinação com outras ferramentas como aplicativos móveis — e principalmente o lançamento de um yuan digital — para ficar de olho em seus cidadãos.

Em aplicações mais sinistras como na região de Xinjiang, a tecnologia é aplicada para identificar uigures (muçulmanos que habitam essa região da 💥️China), em que alguns chamaram de “💥️racismo automático”.

Mas a tecnologia também foi usada na 💥️Europa, incluindo a curiosa cidade de 💥️Nice, na Riviera Francesa, onde um experimento controverso em fevereiro do ano passado escaneou os rostos de milhares de foliões do Carnaval.

No 💥️Reino Unido, que logo vai sair da órbita regulatória de Bruxelas, reconhecimento facial apareceu nas manchetes em setembro após terem descoberto que o estado de 💥️King’s Cross estava usando a tecnologia sem que as pessoas soubessem.

Do outro lado do oceano, a tecnologia também foi alvo de escrutínio após o jornal New York Times ter noticiado que forças policiais americanas têm acesso a um 💥️aplicativo que retira anonimidade ao combinar fotos de rostos tiradas em tempo real com uma enorme base de dados copiada de redes sociais.

Algumas cidades, incluindo 💥️São Francisco, já baniram reconhecimento facial e vários outros governos estatais estão considerando tomar a mesma medida. A nível federal, o governo dos 💥️EUA apresentou um conjunto de princípios regulatórios de inteligência artificial, em uma tentativa de limitar seu alcance.

Conforme a tecnologia se desenvolve e os reguladores continuam intervindo, é provável que a batalha acontecendo nos bastidores entre defensores de privacidade e tecnólogos vai continuar acontecendo publicamente.

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