Reservas da Petrobras são as menores desde 2001 e, no atual ritmo, se esgotariam em dez anos
Paradoxo: empresa quer focar em exploração e produção, mas reservas não crescem (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)
As reservas provadas da 💥️Petrobras 💥️(PETR3; PETR4) encerraram 2023 em 9,590 bilhões de barris de 💥️óleo equivalente (boe), segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira (29). Além de ser 0,17% inferior ao volume de 2018, assinala o menor nível de reservas da estatal desde 2001, quando fechou o ano em 9,3 bilhões de barris equivalentes.
A conta segue os critérios da SEC (US Securities and Exchange Commission), o equivalente americano à nossa 💥️CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A redução das reservas, entre 2018 e 2023, decorreu de dois fatores.
O primeiro foi a produção, responsável por diminuir as reservas em 913 milhões de boe. O outro foram os desinvestimentos, que reduziram mais 72 milhões de boe. Entre eles, estiveram a venda de 100% da participação da Petrobras nos campos de Pargo e Carapeba.
Horizonte curto
A situação não deixa de ser um paradoxo. A empresa vem afirmando que pretende sair de setores não estratégicos, como refino e distribuição de combustíveis, para focar na exploração e produção de óleo e 💥️gás, consideradas seu core business.
O problema é que, sem adicionar novos campos ao seu portfólio, suas reservas se extinguiriam em dez anos, se mantido o atual ritmo de produção. Isto porque, segundo a Petrobras, a produção subtraiu 913 milhões de boe das reservas no ano passado. Numa conta rápida, portanto, os 9,590 bilhões de boe se esgotariam em uma década.
Veja, a seguir, a íntegra do comunicado da Petrobras divulgado nesta quarta-feira.
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