Títulos de dívida de emergentes se mostram mais imunes ao vírus

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Essa classe de ativos tem sido um refúgio para investidores de países em desenvolvimento

Títulos de 💥️dívida de mercados emergentes têm se mostrado mais imunes do que ações e moedas de países em desenvolvimento ao surto de coronavírus que ameaça o crescimento global.

Gestoras como 💥️BlackRock e Lazard Asset Management aceleraram as compras de dívida de mercados emergentes. O argumento é que o crescimento será adiado, mas não eliminado pelo vírus.

Essa classe de ativos tem sido um refúgio para investidores de países em desenvolvimento, já que as moedas são negociadas perto das mínimas em três meses e as ações se desvalorizam. A aposta se apoia na menor exposição à Ásia e na expectativa de mais afrouxamento monetário.

“A renda fixa de mercados emergentes vai emergir relativamente incólume”, escreveu em nota Sarvjeev Sidhu, chefe de estratégia de mercados emergentes da Aegon Asset Management, com sede em Cedar Rapids, Iowa. “Nem tudo é má notícia para os mercados emergentes.”

O índice Bloomberg Barclays para títulos públicos de mercados emergentes denominados em dólar mostra retorno de 1,7% desde o início da onda de vendas desencadeada pelo surto em 17 de janeiro.

Um indicador de dívida em moeda local registra queda de apenas 1%, em parte porque a Ásia responde por uma menor parte da composição do mercado de crédito, segundo Sidhu, da Aegon.

Em comparação, os índices da MSCI que acompanham ações mostram queda de 4,5%, enquanto as moedas acumulam baixa de 2,1%. O índice de moedas do 💥️JP Morgan perdeu 3,3% desde então.

A relativa segurança dos títulos de dívida de mercados emergentes também é alimentada pela expectativa de que o impacto do vírus no crescimento será temporário.

Além disso, esses investidores acreditam que o afrouxamento monetário dos bancos centrais reduzirá o risco de turbulência que levaria a defaults ou reestruturações, de acordo com Sara Grut e Caesar Maasry, analistas do Goldman Sachs em Londres e Nova York, respectivamente.

“Os riscos de baixa, que tendem a ser mais importantes para a precificação dos riscos de crédito, parecem relativamente contidos”, disseram em relatório. A desvantagem, porém, é que é menos provável que os títulos acompanhem o rali das ações e moedas se o vírus for contido e a percepção de risco melhorar, escreveram.

“Os juros locais de mercados emergentes geralmente se beneficiam de um posicionamento mais defensivo em meio ao crescimento lento e riscos globais”, disse em entrevista Jundong Zhang, estrategista macro do Deutsche Bank Securities, em Nova York.

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