Da Argentina pode vir alguma resistência a recuos maiores e incertezas dos grãos
Soja e outros produtos agrícolas argentinos têm exportações temporariamente suspensas (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)
Pode estar vindo da Argentina um ponto de resistência a quedas maiores dos grãos na bolsa de Chicago enquanto os rallies seguem seu curso atrelado ao coronavírus.
O governo de Alberto Fernández anunciou a suspensão temporária dos registros de exportações agropecuárias e taxas podem ser impostas com a volta à normalidade, enquanto o peso derrete frente ao dólar (mínimas de seis meses) e o calote da dívida exige que a Casa Rosada corra atrás de recursos extras, como mais impostos.
O possível atraso nas vendas agrícolas tem potencial de tirar a oferta argentina de soja do mercado, apesar de compras lentas, e os impostos de exportações – as retenciones, que o novo governo nunca escondeu que deveriam ser reeditadas -, tem algum potencial de fazer os exportadores segurarem negócios.
Para Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, “sim, no curto prazo é bom para Chicago”.
Já Adriano Gomes, da AgRural, acredita que esse fundamento argentino “não tem tanta força para isso”.
Pelo menos pode manter uma barreira extra contra quedas mais fortes até que o cenário da epidemia não fique mais claro e positivo e a China retome o fluxo de compras normalmente, inclusive da soja americana.
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