Dólar sobe mais de 1% e supera R$4,44 com temores por coronavírus e intervenção do BC
O dólar interbancário saltou 1,16%, a 4,44 reais (Imagem: REUTERS/Bruno Domingos)
O 💥️dólar fechou em alta de mais de 1% nesta Quarta-feira de Cinzas, impulsionado pelos temores sobre a rápida expansão do 💥️coronavírus pelo mundo, renovando sua máxima recorde para fechamento apesar de intervenção extraordinária do 💥️Banco Central.
O dólar interbancário saltou 1,16%, a 4,4441 reais, maior patamar para um encerramento da história. Na 💥️B3 (💥️B3SA3), o 💥️dólar futuro, que é negociado até as 18h, avançava 1,18%, a 4,4435 reais.
Nesta sessão, o crescente número de casos de coronavírus pelo globo foi gatilho para uma onda de aversão a risco, principalmente com aumento de casos fora da 💥️China, onde surgiu a doença. Até esta sessão, o número de mortos na Itália havia ultrapassado 19 e novos casos na 💥️Coreia do Sul superaram 1.260.
No Brasil, o ministro da Saúde, 💥️Luiz Henrique Mandetta, confirmou nesta quarta-feira o primeiro caso de infecção em São Paulo, de um homem de 61 anos que esteve na Itália.
Em nota, a Correparti Corretora disse que o movimento desta quarta-feira reflete ajuste “aos dias fechados aqui pelo feriado de Carnaval, após estresse nos mercados internacionais na segunda-feira e ontem, devido à disseminação do coronavírus em vários países fora da China, incluindo o Brasil.”
No exterior, o dia foi marcado pela força da moeda norte-americana, que avançava contra boa parte das divisas arriscadas, como dólar australiano, peso mexicano, lira turca e rand sul-africano, sinal da cautela global.
Em tentativa de frear a disparada do dólar, o Banco Central realizou nesta sessão leilão extraordinário de swap tradicional, em que vendeu todos os 10 mil contratos ofertados, com vencimento em agosto, outubro e dezembro de 2023.
A autarquia também anunciou oferta de até 20 mil contratos para quinta-feira, com vencimentos semelhantes.
Segundo a corretora Commcor DTVM, esses leilões extraordinários são “sinalização de vigilância àqueles que tendem a se aproveitar do cenário para elevar a cotação da divisa norte-americana por aqui”.
Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais, disse em entrevista à Reuters que o comportamento do dólar daqui para frente dependerá de possíveis novas atuações do BC.
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