Tiroteio no Afeganistão mata pelo menos 27 e deixa 55 feridos

No ano passado, pelo menos onze pessoas morreram e outras 95 ficaram feridas num ataque com morteiros, reivindicado pelo Estado Islâmico (Imagem: Pixabay)

Pelo menos 27 pessoas morreram e 55 ficaram feridas durante tiroteio hoje (6) num encontro em Cabul, capital do 💥️Afeganistão, que contou com a presença de Abdullah Abdullah, chefe do governo afegão, e outras autoridades que não ficaram feridas.

“Após o ataque, o serviço de ambulâncias de Cabul transportou 27 mortos e 55 feridos para os nossos hospitais”, disse o porta-voz do Ministério da Saúde Pública, Wahidullah Mayar.

O tiroteio, cuja autoria é desconhecida, começou quando o presidente do Conselho Superior da Paz, Karim Khalili, fez um discurso por ocasião do aniversário da morte do líder da comunidade xiita hazara Abdul Ali Mazari, disse o Ministério do Interior do Afeganistão.

“Todas as autoridades de alto nível foram retiradas com segurança do local do ataque”, explicou Marwa Amini, porta-voz do Ministério do Interior.

Um porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, rejeitou a autoria do ataque na rede social ✅Twitter.

“O ataque no encontro em Cabul não tem nada relacionado com os combatentes do Emirado Islâmico” (como os talibãs se autodenominam), salientou Mujahid.

No ano passado, também durante um evento para o aniversário da morte de Mazari em que Abdullah estava presente, pelo menos onze pessoas morreram e outras 95 ficaram feridas num ataque com morteiros, reivindicado pelo Estado Islâmico.

Governo condena ataque

O presidente afegão, Ashraf Ghani, condenou o ataque de hoje através de uma mensagem no ✅Twitter, na qual descreveu o que aconteceu como um “ataque contra a humanidade e um ataque contra a unidade do Afeganistão”.

“Conversei com os meus irmãos Abdullah Abdullah e Khalili. As autoridades de saúde foram chamadas para ajudar as vítimas. As forças de segurança responderão de maneira contundente contra os responsáveis pelo ataque”, acrescentou.

O incidente desta sexta-feira ocorre após a assinatura de um acordo de paz histórico entre os Estados Unidos e os talibãs na semana passada em Doha, no Qatar, que abre a porta à retirada militar dos americanos do Afeganistão após 18 anos em guerra.

O acordo prevê que, dos 13 mil militares norte-americanos presentes no país, apenas restem 8.600 dentro de três a quatro meses, e que a retirada total aconteça em 14 meses.

Essa retirada fica, no entanto, dependendo do respeito dos talibãs pelo acordo e do seu compromisso de combater o terrorismo.

Por RTP, emissora pública de televisão de Portugal.

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