Críticas ao projeto do Orçamento são resultado da falta de conhecimento, diz relator
Domingos Neto: falta conhecimento técnico a quem fez críticas às emendas (Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
O relator-geral do Orçamento para 2023, deputado 💥️Domingos Neto (PSD-CE), atribuiu à falta de conhecimento técnico a polêmica em torno das emendas que apresentou. No total, ao remanejar receitas e despesas a fim de 💥️consolidar o Orçamento, o relator-geral precisou fazer emendas que somaram R$ 30,1 bilhões.
Parte desse montante (R$ 9,6 bilhões) deve ser transformado em despesas discricionárias do Poder Executivo por meio do acordo para 💥️manutenção de veto do presidente Jair Bolsonaro às emendas impositivas do relator-geral e de comissões do Congresso. O acordo ainda regulamenta as emendas impositivas.
Um grupo de deputados e senadores é contrário ao acordo. Esses parlamentares argumentam, entre outros pontos, que há concentração de poder no relator-geral. Domingos Neto disse na quarta-feira (12) que o Orçamento foi 💥️sancionado sem vetos. “O parecer expressou a vontade da maioria do Parlamento”, ressaltou.
Nesta semana, durante reunião da Comissão Mista de Orçamento (CMO) que aprovou as propostas que compõem o acordo, o deputado 💥️Dagoberto Nogueira (PDT-MS) lembrou que as emendas do relator-geral interessam ao governo. “Se é mentira o que estou falando, Bolsonaro tem mesmo que retirar as propostas.”
Indicação
Se aprovado 💥️o acordo na forma original, restará para o relator-geral indicar a lista e a ordem dos beneficiários de R$ 15,2 bilhões em emendas, conforme estudo da assessoria do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), integrante da CMO. Na prática, o montante a ser administrado pelo relator-geral é ainda menor.
Não há hoje dinheiro para pagar 💥️R$ 5,9 bilhões em emendas do relator-geral. Isso porque o parecer de Domingos Neto condicionou essas despesas às eventuais receitas decorrentes da promulgação, ainda neste ano, da Proposta de Emenda Constitucional 186/29, a chamada 💥️PEC Emergencial, de autoria do Executivo.
A PEC Emergencial tramita no Senado, sob a relatoria de Oriovisto Guimarães. Ele deve apresentar substitutivo no próximo dia 18, na Comissão de Constituição e Justiça. Se aprovado, o parecer deverá passar por dois turnos no Plenário, antes de ser encaminhado para procedimento semelhante na Câmara dos Deputados.
“A PEC pode constituir-se em um instrumento efetivo à disposição do governo federal, bem como dos estados e municípios, com os mecanismos capazes de aliviar a rigidez do gasto primário”, disse o senador. O texto permite, entre outros pontos, reduzir o salário dos servidores públicos em determinadas condições.
Instrumento para o ajuste fiscal, no governo a PEC Emergencial mudou de status com a pandemia de coronavírus. Aliás, o risco da doença no País levou Bolsonaro a pedir na quinta-feira (11), em pronunciamento na TV, o adiamento de protestos insuflados por críticas que fez ao Congresso na polêmica em torno do Orçamento.
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