Açúcar derretendo confirma commodity mais sofrida. ‘Culpa’ do etanol
Mercado internacional de açúcar está praticamente zerado em posições (Imagem: Vincent Mundy/Bloomberg)
Pronto. O açúcar reafirmou nesta quarta (17) a tendência de commodity mais sofrida com a pandemia viral-econômica. Nem ajustes técnicos de alta, como a soja hoje, está sujeito. O vencimento maio na bolsa de futuros de Nova York (ICE Futures) rompeu para a casa dos 10 centavos de dólar por libra-peso, depois dos 14/15 há menos de dois meses.
Exatamente em 10,88 c/lp, em recuo de 1,89%, com o mercado sem liquidez, encerraram os negócios hoje.
Todo mundo corre do açúcar por causa do Brasil, que deve produzir muito mais do que o projetado enquanto o petróleo baixo corrói preços do etanol.
Os especuladores estão fora para evitar os ajustes diários, as chamadas de margens, além de vendedores e compradores, explica Maurício Muruci, da Safras & Mercado.
Até fevereiro, o analista avaliou em 63% da próxima safra brasileira com preços fixados. Depois a derrocada não parou mais, na carona do petróleo seguidamente em mínimas há muito não vistas. Agora, nem o atrativo do dólar alto favorece.
Menos etanol e mais açúcar no Brasil, portanto, sob os olhares dos negociantes. Gasolina tendendo a cair mais de preços, se Petrobras não modificar a política de mexer na refinaria – como a queda de 9% na semana passada -, e as usinas correndo para mais adoçante e tendendo a evitar mais etanol sem competitividade.
“Preço do etanol já está recuando rapidamente. E nem iniciamos a safra ainda”, vê Eduardo Sia, trader da Sucden Brasil.
Maior oferta mundial de qualquer commodity não combina com preços bons, mais ainda, no caso do açúcar, se o Brasil vier a anular a perspectiva de déficits globais esperados, então antes da crise, pela menor produção indiana e tailandesa.
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