Dólar mantém rali a R$ 5,06 em sessão volátil com foco em bancos centrais

Dólar

O mercado está muito sensível, muito volátil; só hoje poderemos falar várias vezes sobre as mudanças nas oscilações, avalia especialista (Imagem: REUTERS/Gary Cameron)

O 💥️dólar subia contra o real em sessão marcada por volatilidade, com os mercados atentos a medidas econômicas adotadas pelo Federal Reserve e a falas do presidente do 💥️Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, sobre o 💥️câmbio, em meio à onda global de aversão a risco devido ao avanço do coronavírus.

Às 11:19, o dólar (💥️USDBRL) caía 0,03%, a 5,0609 reais na venda, mas chegou a cair 0,42% na mínima do dia, a 5,0063 reais, em sessão marcada pela volatilidade.

O dólar futuro tinha alta menos acentuada de 0,40%, a 5,0855 reais.

“Estamos vivendo uma gangorra” disse à Reuters Jefferson Laatus, sócio fundador do grupo Laatus, sobre o movimento desta segunda-feira. “O mercado está muito sensível, muito volátil; só hoje poderemos falar várias vezes sobre as mudanças nas oscilações.”

No foco dos investidores nesta sessão, o banco central dos Estados Unidos anunciou que começará a respaldar uma gama de créditos sem precedentes para famílias, pequenas empresas e grandes empregadores, em um esforço para compensar as “graves perturbações” econômicas causadas pela pandemia de coronavírus.

No Brasil, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira que o BC tem arsenal para fazer frente a qualquer tipo de crise e está “absolutamente tranquilo”. Além disso, afirmou que a autarquia tem poder de intervenção muito amplo no câmbio.

Roberto Campos Neto

O presidente do Banco Central do Brasil sinalizou atuação no câmbio (Imagem: Reuters/Adriano Machado

Ainda nesta manhã, o BC anunciou três novas medidas para aumentar a disponibilidade de recursos na economia e ajudar instituições financeiras a atravessar a turbulência atual.

Todos esses movimentos acontecem num momento em que o mundo está à beira de uma recessão decorrente da pandemia de coronavírus, em meio a uma onda de cautela que já dura semanas, derrubou as bolsas de valores globais e já deixa a moeda norte-americana em alta de mais de 25% contra o real em 2023.

“Reiniciamos esta segunda-feira com mais uma manhã negativa nos mercados internacionais”, disse em nota a XP Investimentos, citando receios dos mercados em relação à aprovação de um pacote de apoio para combate ao coronavírus no Senado dos Estados Unidos.

“Existe discordância sobre o formato do pacote e do grau de transparência e liberdade do Tesouro para resgatar empresas”, afirmou. O projeto do pacote já havia sido negado no domingo pelos democratas norte-americanos, que acusaram as medidas de beneficiar apenas grandes interesses corporativos.

No exterior, o dólar tinha força ante divisas emergentes, subindo contra peso mexicano, lira turca e rand sul-africano, pares cujo movimento o real tende a acompanhar.

No final da semana passada, a moeda norte-americana à vista fechou a 5,0274 reais na venda contra a divisa brasileira, queda de 1,50%, mas ainda assim registrou maior alta semanal desde agosto de 2018.

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