Shoppings e lojistas travam queda de braço sobre aluguel durante fechamentos

Shoppings

A Alshop informou que a manutenção do pagamento do aluguel sem as lojas estarem operando é inviável (Imagem: Pixabay)

As negociações entre operadores de💥️ shopping centers e lojistas sobre pagamento de alugueis durante o fechamento de empreendimentos determinados por autoridades públicas para frear o 💥️coronavírus chegaram a um impasse, enquanto o setor busca corte de impostos e outras medidas de apoio junto aos governos para enfrentar a crise.

“O cenário tem que ser analisado dia a dia, hora a hora…. Nossa posição no momento é de que, embora por contrato esses aluguéis sejam devidos, é razoável que a cobrança seja feita posteriormente em momento oportuno”, disse Glauco Humai, presidente da 💥️Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

Os comentários de Humai vêm na contramão de um comunicado enviado na véspera pela associação de lojistas de shopping centers, a Alshop, que citava acordo para isenção dos aluguéis enquanto os empreendimentos estivessem fechados, além de “flexibilização” e redução nas taxas de condomínio.

Procurada, a Alshop informou que a manutenção do pagamento do aluguel sem as lojas estarem operando é inviável e que a retomada das vendas deve ser lenta e gradual.

“Entendemos que o relacionamento entre o lojista e o dono de shopping é regido por um contrato e propomos o bom senso nesse momento difícil para todo o setor”, disse a Alshop no comunicado desta terça-feira.

Até agora, 550 dos 577 shoppings do Brasil estão fechados por ordem de autoridades que combatem a disseminação do Covid-19, segundo dados da Abrasce.

Humai afirmou que a Abrasce já enviou aos governos federal, estaduais e municipais um documento com 22 medidas necessárias para ajudar o setor a superar a crise sem demissões em massa, mas ainda não houve respostas.

“Não tem essa priorização ou indicação de que nosso segmento será atendido e quais seriam as medidas”, disse Humai, acrescentando que os shoppings brasileiros geram cerca de 3 milhões de empregos diretos.

Enquanto isso, segundo ele, as operadoras de shoppings vêm trabalhando para cortar em pelo menos 30% as despesas de condomínio. “Nossa recomendação é que se reduza ao máximo o condomínio e as empresas já estão renegociando contratos com fornecedores para que isso ocorra nos próximos meses”, afirmou o presidente da Abrasce.

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