EUA enfrentarão deflação? Não, se depender do Fed

Federal Reserve

O Fed respondeu de forma enérgica para atenuar o efeito da pandemia na economia dos EUA, lançando uma série de programas de emergência para financiar cerca de US$ 2,3 trilhões em empréstimos (Imagem: REUTERS/Leah Millis)

Richard Clarida, vice-presidente do 💥️Federal Reserve, diz que o banco central tem as ferramentas necessárias para livrar os💥️ EUA de uma armadilha deflacionária, mesmo com o forte impacto do 💥️coronavírus na 💥️economia.

“A demanda é impactada de maneira muito adversa, estamos tentando compensar isso com nossa política”, disse Clarida em entrevista à Bloomberg Television.

“Não acredito que seja deflacionário. Acho que temos as ferramentas para manter a economia livre de deflação e para sustentar a economia durante esse período desafiador.”

O Fed respondeu de forma enérgica para atenuar o efeito da pandemia na economia dos EUA, lançando uma série de programas de emergência para financiar cerca de US$ 2,3 trilhões em empréstimos e reduzir os juros para quase zero.

Ainda assim, o estrago já é grande. Quase 17 milhões de pessoas pediram seguro-desemprego nas últimas três semanas, e o PIB deve mostrar forte queda no segundo trimestre.

Com força e agressividade

“Usaremos nossa autoridade com força e agressividade até estarmos confiantes de que a economia se recuperou”, disse Clarida.

“Não há nada de fundamentalmente errado com a economia americana. Começou o ano em uma posição muito forte em termos de emprego, crescimento e mercados financeiros, e estou confiante de que podemos retomar isso.”

A inflação nos EUA desacelerou em março, com alta anual de 1,5%, sob o impacto do coronavírus na demanda, que reduziu os custos dos combustíveis e de outros produtos.

Economistas temem que um impacto significativo na economia possa deprimir tanto a demanda ao ponto de os preços caírem persistentemente, incentivando consumidores a não fazer compras, na esperança de que os preços vão cair ainda mais. A ação do Fed foi pensada para impedir que os EUA caiam nessa armadilha deflacionária.

“Vamos manter os juros onde estão, o que é basicamente muito próximos de zero, até que a economia esteja no caminho certo para alcançar o máximo emprego e estabilidade de preços”, disse Clarida.

“Estamos construindo uma ponte até que a economia possa chegar ao outro lado e começar a se recuperar e, se isso acontecer mais cedo, certamente saberemos o que fazer nesse momento.”

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A ação do Fed foi pensada para impedir que os EUA caiam nessa armadilha deflacionária (Imagem: Reuters/Leah Millis)

Como parte de seus programas de emergência, o Fed financiará a compra de alguns tipos de títulos de alto rendimento emitidos por empresas que receberam grau de investimento antes do início da crise, mas que foram rebaixadas desde então. Clarida defendeu a ação sem precedentes.

“Várias empresas importantes nos EUA tinham grau de investimento até a crise”, disse.

Risco moral

Ele também minimizou a ameaça de risco moralm ou seja, de o Fed encorajar comportamentos de risco no mercado ao oferecer suporte que protege investidores de perdas.

“Acho que o risco moral em circunstâncias passadas, quando associado a excessos financeiros ou excessos do setor privado, é obviamente algo para ser avaliado e pensado, mas, neste caso, é um evento totalmente exógeno”, afirmou Clarida.

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