Balança comercial teve saldo positivo de US$ 4,7 bi em março

Exportação Balança comercial

O volume dos fluxos de comércio teve variação positiva interanual de 13,0% nas exportações e de 14,6% nas importações (Imagem: REUTERS/Mike Blake)

O saldo da 💥️balança comercial em março ficou em US$ 4,7 bilhões, montante que supera o registrado no mesmo mês em 2023, de US$ 417 milhões. No acumulado do primeiro trimestre, o superávit foi US$ 5,6 bilhões, abaixo dos US$ 9 bilhões do primeiro trimestre de 2023.

Os resultados estão publicados no Indicador do Comércio Exterior (Icomex), divulgado hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).

De acordo com o Icomex, em valor, as exportações aumentaram 10,4% no mês e as importações 10,6%, quando comparadas a março de 2023. Entre os dois primeiros trimestres dos dois anos, no entanto, as exportações tiveram queda de 9% e as importações subiram 4,3%.

O volume dos fluxos de comércio teve variação positiva interanual de 13,0% nas exportações e de 14,6% nas importações na comparação entre os meses de março.

De acordo com a FGV, desde outubro as exportações caíram na variação mensal entre 2023 e 2023. O único mês que isso não ocorreu foi em dezembro, mas, ainda assim, ficou estagnada. Já as importações vinham aumentando desde dezembro.

Coronavirus

Segundo a FGV, os efeitos da pandemia ainda não aparecem nas estatísticas do comércio exterior, “e isso fica evidente no estudo divulgado na página da Organização Mundial do Comércio (💥️OMC), que estima queda no comércio mundial de 12,9% em um cenário otimista e 31,9% no cenário pessimista”.

A FGV lembra, no entanto, que as projeções são preliminares, porque permanecem as incertezas quanto à duração, à intensidade e à expansão geográfica da covid-19 no panorama mundial.

“Os efeitos não aparecem nas estatísticas da OMC e nem nas do Brasil. As da OMC só vão até 2023 e nas nossas até março de 2023, mas não aparecem na balança comercial brasileira porque tem um tempo nos contratos de comércio de exterior e os embarques. O que se está embarcando agora são contratos feitos antes”, explicou a pesquisadora associada da FGV Lia Valls à Agência Brasil.

O estudo da OMC já apontava ritmo de desaceleração do comércio mundial a partir de 2023, em consequência das tensões comerciais entre os 💥️Estados Unidos e a 💥️China. A queda entre 2018 e 2023 ficou em 0,1%.

“O comportamento desfavorável dos preços das exportações significa que o crescimento das exportações fica dependente do aumento do volume, um resultado mais difícil de ser garantido num ano em que se espera uma recessão mundial”, avaliou a FGV.

O volume exportado para o mercado da 💥️China e 💥️Ásia, excluindo a China e o 💥️Oriente Médio, mostra variações positivas na comparação entre o acumulado do ano até março de 2023 e 2023. Conforme o Icomex, em todos os meses do trimestre as exportações cresceram, sendo, nas vendas de soja de 44%, no 💥️minério de ferro de 21% e na 💥️carne bovina de 116%.

Esses resultados explicam a elevação registrada no comércio com a China. No entanto, a redução dos embarques da soja para aquele país poderá impactar as exportações com previsão de queda no segundo semestre.

Com aumento de 28,6%, a agropecuária se destacou entre todos os setores que anotaram variação positiva em março na comparação ao ano anterior.

A elevação de 310% na indústria de transformação teve influência das vendas de óleo combustível, que é o quarto principal produto da pauta. A FGV apontou, no entanto, que em relação ao trimestre, apenas a agropecuária apresentou aumento de 1,4 %.

Futuro

De acordo com a FGV, em meio às incertezas dos efeitos da crise provocada pela infestação do novo coronavírus no mundo, as projeções estão sempre sujeitas à revisões e erros.

“Em visão atual, as expectativas apontam para um desempenho pior no comércio internacional do que o registrado na crise financeira de 2009. Naquela época o volume recuou 12,1%, mas se recuperou no ano seguinte e cresceu 14,4%. Agora a situação pode não se repetir”.

“Não só a queda em 2023 pode ser maior, mas a recuperação mais lenta. A crise do covid-19 afetou o transporte de cargas e pessoas, canais de logística e as cadeias globais de valor.

Surge um debate se os países irão rever suas políticas, em especial naqueles setores onde a dependência das importações é elevada. Em outras palavras, o mundo será mais protecionista”, completou a FGV.

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