Farmacêutica EMS estuda uso da hidroxicloroquina contra coronavírus
A EMS, conhecida por seu vasto portfólio de genéricos, vende o medicamento em farmácias de todo o país para tratamento de doenças reumatológicas e lúpus, entre outras (Imagem: Instagram/EMS)
A farmacêutica EMS iniciou um estudo em larga escala sobre o uso da hidroxicloroquina, um medicamento contra a malária, para enfrentar o 💥️coronavírus.
A EMS estuda o uso do medicamento combinado com o antibiótico azitromicina em cerca de 1.000 pacientes com casos graves e moderados do Covid-19, disse o Dr. Roberto Amazonas, diretor médico-científico da EMS, em entrevista. O fármaco também será administrado a 1.300 pessoas com casos leves da doença, disse.
“O que nós defendemos é encontrar dados científicos que respaldem o uso da droga. Todo o esforço é no sentido de responder à pergunta se a droga é realmente benéfica”, disse.
Quando começaram a circular informações de que a hidroxicloroquina e a cloroquina podiam ser usadas contra o Covid-19 & frequentemente promovidas pelos presidentes 💥️Donald Trump e 💥️Jair Bolsonaro -, a mídia local relatou uma corrida às farmácias para a compra do medicamento.
A EMS, conhecida por seu vasto portfólio de genéricos, vende o medicamento em farmácias de todo o país para tratamento de doenças reumatológicas e lúpus, entre outras.
O estudo, realizado em parceria com alguns dos principais hospitais do Brasil, como Albert Einstein e Sírio-Libanês, além de 60 laboratórios, coincide com o aumento dos casos confirmados e mortes na região.
O Brasil registrava 28.320 casos e 1.736 mortes em 15 de abril, segundo dados do Ministério da Saúde. Com a falta de testes disponíveis, alguns estudos sugerem que o número real de casos seria 12 vezes maior.
Com a falta de testes para o Covid-19, pacientes em estado grave podem participar do estudo sem a confirmação de que têm a doença, apenas usando critérios de diagnóstico, disse Amazonas. Esses pacientes, que recebem a medicação por 10 dias, não estão sendo comparados a um grupo de controle que toma placebo, diferentemente dos casos moderados e leves.
“Na literatura médica, não temos uma resposta de qual é o melhor tempo para entrar com o tratamento. A pesquisa deve trazer bastante luz sobre isso”, disse. Segundo Amazonas, um cronograma otimista para os primeiros resultados seria de 30 a 45 dias.
Na semana passada, parte de um estudo de menor alcance no Brasil foi suspenso depois que pacientes que receberam doses mais altas de cloroquina, um medicamento muito semelhante à hidroxicloroquina, apresentaram “maior tendência à letalidade”, segundo um site para estudos preliminares que ainda não foram revisados ou publicados em uma revista científica.
Pesquisadores disseram que uma dose mais alta de cloroquina “não deve ser recomendada para o tratamento do Covid-19 por causa de seus potenciais riscos à segurança”.
Na terça-feira, a FDA, agência que regula fármacos e alimentos nos EUA, acrescentou a azitromicina à lista de medicamentos em falta, que também inclui a hidroxicloroquina.
Muitos ensaios no mundo todo estudam a hidroxicloroquina como medicamento preventivo, não apenas como um tratamento para a doença.
“Estamos fazendo o estudo para tentar dar uma resposta à população, à comunidade científica e às autoridades sanitárias se realmente os estudos que têm mostrado benefícios da hidroxicloroquina em pequenas populações se reproduzem feitos com a metodologia científica mais adequada, com um número maior de pacientes”, disse Amazonas.
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