UBS eleva recomendação para Azul e Gol, mas vê risco em acordo com BNDES

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Quebra-cabeças: acordo com BNDES pode salvar Gol e Azul, mas diluir atuais acionistas (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O 💥️UBS elevou a recomendação para as 💥️ações da 💥️Azul 💥️(AZUL4) e 💥️Gol 💥️(GOLL4) de venda para neutra, com o argumento de que a recente enxurrada de vendas dos papéis já cumpriu sua função.

Segundo relatório obtido pelo 💥️Money Times e assinado por Rogerio Araujo, Alberto Valerio e Andressa Varotto, o preço-alvo das aéreas brasileiras também foi revisto. O da Azul caiu de R$ 43,10 para R$ 17,40. O da Gol, de R$24,40 para R$ 12.

As cifras referem-se ao cenário básico do UBS para os desdobramentos do 💥️coronavírus, ou seja, uma recuperação em “U” da economia. Nesse modelo, após uma queda acentuada neste ano, a economia cresceria lentamente por algum tempo, antes de se recupera por completo.

O UBS mostra-se simpático à ideia de o 💥️BNDES socorrer as companhias aéreas, cuja situação piorou bastante desde a eclosão da pandemia de coronavírus, e estima que a Azul e a Gol possam conseguir cerca de R$ 3 bilhões cada uma.

Diluição

O problema, segundo o UBS, é o tipo de acordo que o BNDES fechará com as empresas. Entre as condições em discussão, está a possível conversão de debêntures em ações. Se a ideia for adiante, o UBS afirma que o potencial de ganho para os atuais acionistas será limitado, já que a base acionária poderá ser diluída.

Os analistas afirmam que a relação risco-retorno da Azul está “bem balanceada”, com os papéis atualmente negociados por um preço justo, desde que o cenário básico seja cumprido – isto é, a curva em “U” da economia.

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Autonomia limitada: caixa da Azul poderia acabar no fim do ano, diz UBS (Imagem: REUTERS/Rafael Marchante)

O grande risco, para o UBS é se a reação da economia for mais fraca do que se pensa, caracterizando uma curva em “L”, em que o PIB cai e fica estagnado por alguns anos. Nesse caso, o caixa da Azul poderia acabar no quarto trimestre deste ano, e sua sobrevivência dependeria de novas linhas de crédito.

Limite

Nesse caso, o UBS antevê que o dinheiro novo seria consumido até o fim de 2022, quando a companhia necessitaria de mais aportes, da ordem de R$ 2 bilhões.

A situação da Gol é mais confortável, e o trio de analista destaca “a forte posição do caixa no 4T19”, com R$ 2,9 bilhões, incluindo a 💥️Smiles (SMLS3), operadora de planos de fidelidade controlada pela companhia.

Mas, caso a crise se aprofunde e o Brasil demore mais para se recuperar (curva em “L”), a empresa esgotaria seu caixa no fim de 2022. Nessa hipótese, a Gol necessitaria de uma injeção de R$ 1,3 bilhão.

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