Bolsonaro repreende apoiador que pede fechamento do STF e espera fim da quarentena
Bolsonaro disse que as reivindicações do protesto eram povo na rua e volta ao trabalho, apesar de cartazes pró-intervenção militar; AI-5 e fechamento do Congresso e STF (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)
Um dia depois de discursar em um ato em 💥️Brasília que pediu uma intervenção militar no 💥️Brasil, o presidente 💥️Jair Bolsonaro negou que 💥️a manifestação tivesse viés antidemocrático e repreendeu um apoiador que pediu o fechamento do 💥️Supremo Tribunal Federal (💥️STF), ao mesmo tempo que disse esperar que esta seja a última semana de medidas de isolamento para conter o 💥️coronavírus.
Apesar de fazer uma defesa da democracia, o presidente voltou a atacar a imprensa, afirmando que não responderia perguntas da 💥️Folha de S.Paulo e que o repórter do jornal 💥️O Globo sequer devia estar ali.
Na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro foi novamente aplaudido por apoiadores ao atacar a 💥️imprensa e disse esperar que esta seja a última semana de quarentena para conter o avanço do 💥️coronavírus.
Apesar de manifestantes que estavam no ato em que ele discursou na véspera carregarem faixas pedindo intervenção militar, o fechamento do 💥️Supremo e do 💥️Congresso Nacional e um novo Ato Institucional número 5, editado na ditadura militar e que marcou o endurecimento do regime, Bolsonaro disse que as reivindicações do protesto eram povo na rua e volta ao trabalho.
Bolsonaro voltou a criticar as medidas de distanciamento social adotadas por governadores e prefeitos, como o fechamento do comércio não essencial, uma ferramenta recomendada pela 💥️Organização Mundial da Saúde (💥️OMS) para conter a propagação da Covid-19, 💥️doença respiratória provocada pelo coronavírus que já matou 2.462 pessoas no Brasil, com 38.654 casos confirmados.
“Eu espero que essa seja a última semana dessa quarentena, dessa maneira de combater o vírus todo mundo em casa”, disse o presidente.
Apesar de fazer uma defesa da democracia, o presidente voltou a atacar a imprensa (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)
Em conversa com apoiadores antes de falar com jornalistas, Bolsonaro disse lamentar as mortes, mas voltou a dizer que elas fazem parte da vida e a minimizar a doença.
“Houve uma potencialização da consequência do vírus. Levaram pavor, histeria e não é verdade, estão vendo que não é verdade”, disse. “Lamentamos as mortes, lamentamos, mas é vida. Tem gente que vai morrer.”
O presidente chegou a repreender um apoiador que gritou pelo fechamento do Supremo e, em outro momento, disse que é a Constituição.
“Deixa essa conversa aí, dá licença aí. Aqui não tem fechar nada, dá licença aí. Aqui é democracia. Aqui é respeito à Constituição brasileira, e aqui é a minha casa e a sua casa, então peço, por favor, que não se fale isso aqui. Supremo aberto, transparente! Congresso aberto, transparente! Nós o povo estamos no governo”, disse ele em resposta ao apoiador.
Ao mesmo tempo, Bolsonaro voltou a atacar a imprensa e os jornalistas presentes na saída do Alvorada.
“Quem vai falar sou eu. Quem não quiser ouvir está dispensado”, disse o presidente ao chegar ao local onde os jornalistas o aguardavam, ao anunciar que não responderia perguntas.
O presidente chegou a repreender um apoiador que gritou pelo fechamento do Supremo e, em outro momento, disse que é a Constituição (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)
“Você é da Folha, não quero responder para a Folha”, afirmou a um repórter, que disse não ser da Folha de S.Paulo e, indagado mais de uma vez de qual veículo era, disser de O Globo.
“Não quero papo com o Globo também. O Globo nem devia estar aqui”, respondeu.
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