Brasil não está bem ranqueado em bem estar animal; Marfrig admite que falhou ao informar

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Bem estar animal até que a carne chegue às mesas traz ranqueamento baixo de empresas brasileiras (imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Duas das principais empresas exportadoras de carnes do Brasil estão nas posições mais baixas do ranking de bem estar animal. Uma terceira caiu sobre a última avaliação. E outras duas se estabilizaram.

Trata-se da tabela global de 2023, e divulgada agora pelo Business Benchmark on Farm Animal Welfare (BBFAW), que muitos importadores globais e restaurantes ranqueados estão utilizando para compras seguindo apelo dos consumidores.

As empresas pior posicionadas do Brasil são a Aurora e Minerva Foods (BEEF3). A Marfrig (MRFG3) foi a que caiu de posicionamento sobre 2018. E JBS (JBSS3) e BRF (BRFS3) são as que ficaram estagnadas.

Os consumidores estariam cada vez mais bem informados e dizendo ‘não’ para as práticas de manejo que levem sofrimento aos bovinos, suínos e aves, segundo levantamento no qual se baseia a pesquisa tradicional, segundo a Proteção Animal Mundial, que apoiou a feitura do ranking em conjunto com a Compassion in World Farming.

“A classificação das empresas brasileiras, que não traz mudanças significativas em termos de pontuação, mostra que muito ainda deve ser feito em relação ao bem-estar animal”, afirma o gerente de Agropecuária Sustentável da Proteção Animal Mundial, José Rodolfo Ciocca.

As empresas

O grupo Marfrig, através do diretor de Sustentabilidade, Paulo Pianez, admite que a perda de um degrau na tabela, de nível 3 para o 4, deu-se por falha da empresa ao apresentar corretamente os dados às perguntas da BBFAW. “A falha foi nossa, se não poderíamos ter mantido ou até subido”, diz o executivo, para quem a companhia preza pelo relatório da organização.

Além de garantir que o bem estar animal é um dos cinco pontos que asseguram as boas práticas do frigorífico no Brasil e nas suas subsidiárias no exterior, Pianez garante que o ranqueamento é importante para assegurar janelas em mercados compradores maduros, como Europa e Estados Unidos.

Outro player global brasileiro, o Minerva, que divide com a catarinense Aurora o final do ranking, não comentou diretamente o estudo da BBFAW. Mas, em nota a Money Times, destacou: “As unidades da Minerva Foods são certificadas pela PAACO (Professional Animal Auditor Certification Organization) para melhores práticas de manejo e bem-estar animal, como também seguem padrões globais para gestão da segurança do alimento da BRC (✅British Retail Consortium) e HACCP Hazard (✅Analysis and Critical Control Point)”.

Em outro trecho, a companhia destaca que “é ainda a única empresa do setor de frigoríficos atualmente financiada pela IFC, do Grupo Banco Mundial, que apoia seu compromisso com a sustentabilidade e sua liderança no gerenciamento das questões socioambientais de sua cadeia produtiva”.

Já a Aurora Alimentos, através de sua assessoria de imprensa, prefere se abster. “A Aurora não tomou conhecimento da metodologia utilizada para composição desse ranking por isso prefere, nesse momento, não comentar”.

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