IPCA-15 tem menor taxa para abril desde 1994 com queda dos combustíveis
Esse é o resultado mais fraco para o mês desde o início do Plano Real, em julho de 1994 (Imagem: Agência Câmara/Ricardo Stuckert)
A prévia da 💥️inflação oficial brasileira entrou em território deflacionário e registrou a menor taxa para abril desde 1994, pressionada de um lado pela queda nos preços dos 💥️combustíveis, mas por outro mostrando as consequências das medidas de isolamento com alta da alimentação em domicílio.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (💥️IPCA-15) passou a recuar em abril 0,01%, após variação positiva de 0,02% no mês anterior, informou nesta terça-feira o 💥️Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (💥️IBGE).
Esse é o resultado mais fraco para o mês desde o início do Plano Real, em julho de 1994.
Em 12 meses até abril, o IPCA-15 acumulou alta de 2,92%, ante 3,67% no mês anterior, indo abaixo do centro da meta de inflação para este ano — 4%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de uma variação positiva de 0,01% na base mensal e de alta de 2,94% em 12 meses, de acordo com a mediana das projeções.
Reduções dos preços de combustíveis anunciadas pela 💥️Petrobras (💥️PETR3; 💥️PETR4) diante da queda do preço do 💥️petróleo e de seus derivados no mercado internacional ajudaram a 💥️gasolina a exercer o maior impacto negativo no IPCA-15 do mês, com recuo de 5,41% nos preços.
Reduções dos preços de combustíveis anunciadas pela Petrobras diante da queda do preço do petróleo ajudaram a gasolina a exercer o maior impacto negativo no IPCA-15 (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)
Também apresentaram quedas o 💥️etanol (-9,08%) e o 💥️óleo diesel (-4,65%), que levaram a uma queda de 5,76% do preços dos combustíveis. Com isso, o grupo Transportes teve queda de 1,47%.
Outra deflação importante foi registrada por Artigos de residência, de 3,19%) & os eletrodomésticos e equipamentos e os artigos de tv, som e informática, apresentaram no mês quedas de 7,15% e 1,95%, respectivamente.
As paralisações e confinamentos determinados por causa da pandemia de 💥️coronavírus vêm afetando a demanda e o 💥️comércio no Brasil, resultando principalmente nos preços mais caros da alimentação em domicílio.
Esses preços avançaram em abril 3,14%, com a cebola ficando 35,79% mais caro e o tomate, 17,01%. A batata-inglesa subiu 21,24% em abril e a cenoura teve alta de 31,67%. Assim, o grupo Alimentação e bebidas foi o destaque entre as altas, com avanço dos preços de 2,46%.
A 💥️alimentação fora do domicílio também ficou mais cara em abril, com avanço de 0,94%, influenciada pela alta de 3,23% do lanche.
Diante das incertezas tanto internas quanto externas relacionadas ao coronavírus, 💥️Banco Central e governo vêm adotando medidas econômicas para tentar mitigar os potenciais devastadores impactos do vírus.
A alimentação fora do domicílio também ficou mais cara em abril, com avanço de 0,94% (Imagem: Tony Winston/Agência Brasília)
O BC já reduziu a 💥️taxa básica de juros a 3,75%, e novos cortes são esperados. Tanto a autarquia quanto o 💥️Ministério da Economia preveem atualmente estagnação da atividade este ano, mas esses números ainda devem ser revisados para baixo.
A 💥️pesquisa Focus realizada pelo BC com economistas mostra que a expectativa é de a inflação termine este ano a 2,20% e a economia encolha 3,34%.
💥️(Atualizada às 10h17 & Horário de Brasília)
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