Gastos com coronavírus ainda não geraram reprogramação de uso de fontes da dívida, diz Tesouro

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Em mensagem divulgada à imprensa mais cedo, o Tesouro lembrou que realizou somente um leilão de títulos prefixados longos (NTN-F) em abril (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

O 💥️governo não reprogramou, por ora, uso de fontes da dívida para pagamentos de créditos e de outros gastos relacionados ao enfrentamento da crise do 💥️coronavírus, afirmou o subsecretário da Dívida Pública, José Franco, nesta terça-feira.

Respondendo a questionamentos da imprensa por ocasião da divulgação do relatório da dívida pública de março, ele afirmou ser natural que, em algum momento, fontes de emissão de dívida contribuam para arcar com essas despesas.

“Mas o planejamento de médio prazo permite que isso seja conduzido de maneira segura”, afirmou ele, em resposta por escrito.

Segundo o coordenador geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital, a volatilidade dos mercados em abril diminuiu em relação a março, mas segue em patamares elevados. Nesse ambiente o Tesouro tem percebido os investidores com menor apetite ao risco e, por isso, tem privilegiado emissões de títulos prefixados mais curtos e os indexados à Selic.

Vital pontuou que o Tesouro não tem visto dificuldade de rolar “nenhum título”.

“Não há nenhuma dificuldade para a rolagem da dívida. Sobre o colchão de liquidez, ele é suficiente para garantir, pelo menos, seis meses de vencimentos”, disse.

Em mensagem divulgada à imprensa mais cedo, o Tesouro lembrou que realizou somente um leilão de títulos prefixados longos (NTN-F) em abril, com lotes pequenos e que foram integralmente vendidos.

O Tesouro destacou que, em períodos de volatilidade alta, as taxas de juros de prazos mais longos tendem a subir, razão pela qual opta por reduzir as ofertas e aguardar a estabilização do mercado, para evitar um aumento no custo de financiamento da dívida.

O Tesouro disse ainda que a percepção de risco de emergentes voltou a se deteriorar em abril, com o CDS Brasil de 5 anos subindo 35,7%, a 374 pontos, piora superior à observada para o México, Colômbia e Peru.

“Nos juros locais, a curva manteve o ganho de inclinação, com os vencimentos mais curtos bem ancorados pela política monetária e os mais longos reagindo à alta do dólar, assim como a incertezas nos mercados doméstico e internacional”, disse o Tesouro.

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