Ministério da Economia vê faturamento cair em 39 de 41 setores no Brasil por Covid-19

(Imagem: José Cruz/Agência Brasil)

O documento aponta “certo consenso” quanto ao fato de que a recuperação da economia dificilmente voltará ao patamar anterior à crise no curto prazo (Imagem: José Cruz/Agência Brasil)

O congelamento das atividades por conta do isolamento social adotado para combater o surto do 💥️coronavírus fez o faturamento de 39 de 41 setores no 💥️Brasil recuar, atingindo com mais força serviços de alojamento (-90%), transporte aéreo (-79%) e fabricação de veículos automotores (-74%), conforme levantamento interno do 💥️Ministério da Economia visto pela 💥️Reuters.

Os dados, que consideraram vendas fechadas de meados de março até 21 de abril, foram compilados pela Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade e constam em estudo preparado por técnicos da equipe de Paulo Guedes para uma estratégia de retomada baseada em investimentos privados em infraestrutura.

O documento aponta “certo consenso” quanto ao fato de que a recuperação da economia não será em “V”, dificilmente voltando ao patamar anterior à crise no curto prazo.

“As ações econômicas tomadas pelo governo federal visam garantir a subsistência das famílias mais pobres e manter as relações empresariais e trabalhistas ativas enquanto a interrupção das atividades impede a geração de renda”, diz o estudo.

“Entretanto, é esperado que o retorno dessas atividades não possa ocorrer em sua plenitude, em virtude das medidas de contenção da transmissão do vírus que poderão perdurar.”

De acordo com o levantamento, apenas dois setores viram o faturamento subir no período: saúde privada (+23%) e indústria extrativa (+11), categoria que engloba mineração, petróleo e gás (exceto refino) e florestal.

Houve queda superior a 30% no faturamento para 22 dos setores analisados, incluindo transporte de passageiros (-66%), serviços de alimentação (-45%), energia elétrica (-42%) e comércio de combustíveis e lubrificantes (-34%).

Outros 17 tiveram uma perda variando de 6% a 26%, inclusive alguns que tiveram permissão para seguir operando normalmente desde o começo da pandemia, como agropecuária (-16%) e comércio não especializado, que abarca hipermercados e supermercados (-10%).

Os números refletem o desafio para a economia em 2023 diante da interrupção sem precedentes na demanda por bens e serviços. Oficialmente, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) ainda é de alta de 0,02% no ano, mas integrantes do time econômico reconhecem que o número irá para o terreno negativo em revisão que será publicada em breve, ainda neste mês.

Na pesquisa Focus conduzida pelo 💥️Banco Central com dezenas de economistas, a projeção mais recente é de uma contração de 3,76% do PIB neste ano.

💥️Veja abaixo os dados do Ministério da Economia para os 41 setores:

Serviços de alojamento -90%

Transporte aéreo -79%

Fabricação de veículos automotores -74%

Transporte de passageiros -66%

Fabricação de têxteis,vestuário e calçados  -63%

Fabricação de móveis -51%

Comércio de veículos, peças e motocicletas -49%

Comércio de Tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados -48%

Outras atividades de serviços -47%

Fabricação de produtos eletrônicos, de informática e elétricos -45%

Serviços de alimentação -45%

Outros serviços de telecomunicações e informações -44%

Água e saneamento -43%

Energia elétrica -42%

Fabricação de máquinas e equipamentos, instalações e manutenções -35%

Comércio de outros produtos em lojas especializadas -35%

Comércio de Combustíveis e lubrificantes -34%

Educação (privada) -32%

Fabricação de produtos de borracha e de material plástico -32%

Fabricação de produtos diversos, impressões e gravações -31%

Refino do petróleo e produção de biocombustíveis -30%

Comércio de artigos usados -30%

Outros Transportes e serviços  auxiliares -26%

Fabricação de produtos minerais  não metálicos e produtos de metal -26%

Construção -25%

Transporte de cargas -22%

Serviços de manutenção e reparação -19%

Serviços profissionais, administrativos e complementares -17%

Comércio por atacado -17%

Agropecuária -16%

Telecomunicações -15%

Comércio de Produtos alimentícios, bebidas e fumo -14%

Atividades financeiras -14%

Fabricação de produtos químicos -11%

Comércio não especializado (hiper, super alimentos) -10%

Fabricação de produtos de madeira, papel e celulose -10%

Fabricação de produtos farmacoquímicos e farmacêuticos -6%

Fabricação de alimentos,bebidas e fumo -6%

Tecnologia da informação -6%

Indústrias extrativas 11%

Saúde (privada) 23%

O que você está lendo é [Ministério da Economia vê faturamento cair em 39 de 41 setores no Brasil por Covid-19].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

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