Brasil caminha rapidamente para o território inexplorado do juro zero, afirma Goldman Sachs
“Pode acontecer que o novo território seja favorável ao mercado e hospitaleiro, mas não saberemos até que operemos lá um pouco”, explica o economista Alberto Ramos (Imagem: Unsplash/ @bernardhermant)
O Brasil caminha rapidamente para “um território financeiro inexplorado com taxas reais nulas”, avalia o 💥️Goldman Sachs em um relatório enviado a clientes na noite desta quarta-feira (6) e obtido pelo 💥️Money Times.
A análise assinada pelo economista-chefe para a América Latina, Alberto Ramos, foi distribuída após o 💥️Banco Central implementar um corte de 75 pontos-base na taxa 💥️Selic, enquanto o mercado estimava um movimento de 50 pontos-base, 💥️levando-a para o nível inédito de 3%.
“A economia nunca operou em tal ambiente. Pode acontecer que o novo território seja favorável ao mercado e hospitaleiro, mas não saberemos até que operemos lá um pouco”, ressalta.
Alberto Ramos, do Goldman Sachs, projeta mais um corte na Selic na próxima reunião do Banco Central em junho
O que esperar adiante?
Ramos entende que os sinais indicam mais uma queda final na próxima reunião (17 de junho) de até 75 pontos-base, dependendo da evolução do cenário fiscal e macro, e que as chances de um recuo de 50 ou 75 pontos-base são muito parecidas, com algum risco inclinado aos 50.
“Em nossa avaliação, mais do que crescimento e 💥️inflação, serão os desenvolvimentos nas contas fiscal, cambial e de capital que serão essenciais para determinar se o Copom cortará outros 75 ou menos”, diz Ramos.
O último levantamento do Banco Central, com 119 economistas, projeta a inflação oficial (IPCA) em 1,97% no final de 2023. A depender dos próximos sinais da economia, a Selic poderá chegar no final do ano muito perto disso, entre 2,25% ou 2,5%.
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