Terceira alta da gasolina poderia puxar demanda do etanol, que subiu na usina e caiu no posto

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Etanol não se beneficiou ainda da alta da gasolina; os dois caem nas bombas (Imagem: Reuters/Marcelo Teixeira)

O petróleo abre nesta segunda (18) trazendo uma alta de 5,49% da sexta, quando o tipo Brent fechou em US$ 32,84 o barril na ICE Europe (Londres). A se manter em elevação, com a Petrobras (PETR3 e PETR4) repassando mais uma vez para os preços da gasolina, aí, sim, poderá haver um efeito direto nas bombas e uma melhora mais significativa para o etanol.

Até agora, após dois reajustes da gasolina seguidos nas refinarias – 12% (7 de maio) e 10% (dia 14) – as baixas do combustível seguiram para o consumidor. A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) registrou queda de 0,40% nos postos, em uma média nacional a R$ 3,80 na última semana. E o etanol também recuou 1,2%.

O óleo cru perdeu mais de 50% no acumulado do ano – mais expressivamente desde final de março – e a melhora das cotações nos últimos dias vem na esteira da reabertura de mercados e de um ambiente pouco melhor (na sexta) entre Estados Unidos e China. O ponto de flexão ideal, segundo analistas internacionais, é o barril escalar acima de US$ 35. Cenário ainda pouco seguro, contudo.

Os estoques de gasolina ainda estão elevados nas distribuidoras e nos postos e a maior movimentação da população não contribui na demanda, daí que os aumentos nas refinarias foram ignorados nas bombas.

Um terceiro aumento da estatal e mantida a taxa de isolamento (47% aproximadamente em São Paulo), possivelmente o reflexo na alta dos preços vá ser sentido. E daí trazer o etanol hidratado mais para cima.

Porque, na mesma medida em que os postos seguiram cortando os preços do combustível do petróleo, também na semana passada o biocombustível de cana de milho perdeu os 1,2%, indo em torno de R$ 2,548 (média Brasil), também de acordo com os dados da ANP. E somou no ano evaporamento de 20%.

Ao mesmo tempo, também houve um aumento no litro negociado pela usina e até um volume maior vendido (13,5% na semana de 4 a 8 de maio), coincidindo com a situação da gasolina. Ou seja, ambos aumentaram na origem, mas tiveram queda na bomba dos postos, porque a demanda segue fraca mesmo sob movimentação maior das pessoas.

Pelo Cepea/Esalq, na semana passada, o litro do hidratado ganhou mais 0,77%, a R$ 1,3931, a terceira semana de melhora.

Mas o movimento ainda é visto como necessidade de reposição de estoques nas distribuidoras e postos, já que o etanol estava com inventários menores que os da gasolina. Mas ainda está com valor muito baixo para as usinas, como 💥️Money Times publicou no dia 12, seguindo avaliação do consultor Ricardo Pinto, que estimou um custo operacional de R$ 1,55/litro.

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