Fazendas mais verdes e alimentos mais saudáveis são metas da UE
Um outro plano sobre biodiversidade estabelece medidas para restaurar ecossistemas e reduzir a poluição (Imagem: REUTERS/Laura Zuckerman)
A 💥️União Europeia tenta reduzir a pegada ambiental do setor agrícola e da produção de alimentos, em mais um passo da ambiciosa agenda Green Deal para tornar o bloco neutro em carbono até meados do século.
A estratégia “Farm to Fork” (da fazenda ao garfo) define propostas para que a região corte pela metade o uso de pesticidas e antibióticos, impulsione a agricultura orgânica, promova proteínas vegetais e torne cada segmento do sistema alimentar mais sustentável.
Um outro plano sobre biodiversidade estabelece medidas para restaurar ecossistemas e reduzir a poluição.
A UE quer fazer da limpeza ambiental um dos pilares de um plano econômico para se recuperar da crise do coronavírus. Tornar a agricultura mais ecológica é um dos maiores desafios no combate às mudanças climáticas.
Os sistemas alimentares são responsáveis por até 30% das emissões globais de gases de efeito estufa e contribuem para a perda de biodiversidade.
Ao mesmo tempo, eventos climáticos extremos associados ao aumento da temperatura afetam a produção agrícola e frutos do mar.
“Esta é a tradução concreta do que anunciamos no Green Deal“, disse Frans Timmermans, vice-presidente executivo da Comissão Europeia. “E é oportuno, porque se a crise da corona nos ensinou alguma coisa, é que precisamos recalibrar nosso relacionamento com o ambiente natural.”
A revisão também deve se tornar uma questão política sensível na UE, onde a crise do 💥️Covid-19 causou falta de mão de obra no setor agrícola e destacou a vulnerabilidade das cadeias de suprimentos.
Embora lobbies ambientais tenham exigido uma abordagem mais ousada da comissão para combater as mudanças climáticas, a estratégia da UE já despertou preocupações entre agricultores e produtores de alimentos que temem que exigências mais rígidas prejudiquem os negócios num momento de recessão.
A proposta será um teste para a determinação da comissão contra um setor que foi “extremamente influente para impedir qualquer mudança”, de acordo com Pieter de Pous, consultor sênior de políticas do grupo de pesquisa climática E3G, com sede em Berlim.
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