Pandemia e isolamento social derrubam PIB do Brasil em 1,5% no 1° trimestre de 2023

Quarentena

A queda do PIB interrompe a sequência de quatro trimestres positivos e marca o menor resultado desde o segundo trimestre de 2015 (Imagem: Fernanda Carvalho/Fotos Publicas)

O 💥️Produto Interno Bruto (💥️PIB) nacional caiu 1,5% no primeiro trimestre 💥️de 2023, na comparação com o último trimestre do ano anterior, afetado pela pandemia do novo 💥️coronavírus e o distanciamento social. Em valores correntes, o PIB, que é soma dos bens e 💥️serviços produzidos no 💥️Brasil, chegou a R$ 1,803 trilhão.

Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais divulgado hoje (29) pelo 💥️IBGE. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, a economia recuou 0,3%.

A queda do PIB interrompe a sequência de quatro trimestres positivos e marca o menor resultado desde o segundo trimestre de 2015 (-2,1%). Com isso, o PIB está em patamar semelhante ao que se encontrava no segundo trimestre de 2012.

De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a retração da economia foi causada, principalmente, pelo recuo de 1,6% nos serviços, setor que representa 74% do PIB. A 💥️indústria também caiu (-1,4%), enquanto a 💥️agropecuária cresceu (0,6%).

“Aconteceu no Brasil o mesmo que ocorreu em outros países afetados pela pandemia, que foi o recuo nos serviços direcionados às famílias devido ao fechamento dos estabelecimentos. Bens duráveis, veículos, vestuário, salões de beleza, academia, alojamento, alimentação sofreram bastante com o isolamento social”, explica.

Nos serviços, destaque para os resultados negativos em outros serviços (-4,6%), transporte, armazenagem e correio (-2,4%), informação e comunicação (-1,9%), 💥️comércio (-0,8%), administração, saúde e educação pública (-0,5%), intermediação financeira e seguros (-0,1%). A única variação positiva veio das atividades imobiliárias (0,4%).

Já nas atividades industriais, a queda foi puxada pelo setor extrativo (-3,2%), mas também apresentaram taxas negativas a construção (-2,4%), as indústrias de transformação (-1,4%) e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,1%).

“A construção civil está puxando sempre para baixo a parte da infraestrutura. O mercado imobiliário até que tem se recuperado, mas com o distanciamento social, em março, ficou um pouco prejudicado. Tanto que teve queda na ocupação no trimestre e também na fabricação dos principais insumos para a construção”, comenta.

💥️Consumo das famílias tem a queda mais intensa desde 2001

Os efeitos da pandemia também influenciaram a queda de 2% no 💥️consumo das famílias. “Foi o maior recuo desde a crise de energia elétrica em 2001”, diz Rebeca, acrescentando que o consumo das famílias pesa 65% do PIB.

O consumo do 💥️governo federal ficou praticamente estável (0,2%) no primeiro trimestre deste ano, mesmo patamar do último trimestre de 2023.

Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo), por outro lado, cresceram 3,1%, puxados pela importação líquida de máquinas e equipamentos pelo setor de 💥️petróleo e 💥️gás. A produção nacional de máquinas e equipamentos e a construção caíram, observa Rebeca.

Exportações Comércio Contêiner

A balança comercial brasileira teve uma queda de 0,9% nas exportações de bens e serviços (Imagem: Unspalsh/@tobbes_rd)

Já a balança comercial brasileira teve uma queda de 0,9% nas exportações de bens e serviços, enquanto as importações de bens e serviços cresceram 2,8%.

“As exportações foram bastante prejudicadas pela demanda internacional. Um dos países muito importantes para a gente que tem afetado nossas exportações é a 💥️Argentina. E a 💥️China também, que no primeiro trimestre foi o primeiro país a fechar as fronteiras. Então as nossas exportações foram bastante afetadas”, encerra Rebeca.

💥️(Com IBGE Notícias)

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