Dólar salta a R$ 5,35 com foco em relações EUA-China e tensão política local
Richa entre poderes no Brasil também influencia alta da moeda americana (Imagem: Unsplash/@worldsbetweenlines)
O 💥️dólar oscilava entre altas e baixas contra o real nesta segunda-feira, começando o mês de olho nas relações entre 💥️Estados Unidos e 💥️China e nas tensões políticas no ambiente doméstico após protestos no domingo por todo o 💥️Brasil.
Às 10:27 (💥️horário de Brasília), o dólar (💥️USDBRL) avançava 0,35%, a 5,3576 reais na venda, enquanto o contrato mais negociado de dólar futuro operava com ganho de 0,58%, a 5,3745 reais.
A moeda norte-americana operava com volatilidade. Na máxima do dia, a divisa foi a 5,3721 reais, depois de ter caído a 5,3110 na mínima, perda de 0,55%.
Na sexta-feira, após grande ansiedade dos investidores globais, o presidente norte-americano, 💥️Donald Trump, disse que determinou a seu governo que inicie o processo para eliminar o tratamento especial concedido a 💥️Hong Kong em resposta aos planos da 💥️China de impor uma nova legislação de segurança para o território.
As medidas anunciadas foram recebidas com certo alívio pelos 💥️mercados, uma vez que parecem não interferir na Fase 1 do acordo comercial sino-americano e não envolvem a imposição de novas tarifas sobre Pequim. No entanto, a cautela permanece, já que a China disse nesta segunda-feira que as tentativas dos Estados Unidos de prejudicar seus interesses serão enfrentadas com contrapartidas firmes.
Segundo Jefferson Rugik, da Correparti Corretora, 💥️dados sobre a atividade da China também estavam no radar dos operadores, elevando os ânimos em meio a sinais de recuperação na segunda maior economia do mundo. A atividade industrial chinesa voltou inesperadamente a crescer em maio, uma vez que as medidas de contenção do 💥️coronavírus foram aliviadas.
Estica e puxa entre EUA e China continua em torno da província autônoma de Hong Kong (Imagem: Reuters/Athit Perawongmetha)
Enquanto isso, no cenário local, o clima era de tensão, com o conflito crescente entre os poderes Executivo e Judiciário das últimas semanas pesando nos mercados locais.
No domingo, 💥️manifestantes pró e contra o governo entraram em conflito em São Paulo com a Polícia Militar, enquanto o presidente 💥️Jair Bolsonaro cumprimentou apoiadores que se aglomeraram em frente ao Palácio do Planalto, com alguns deles carregando cartazes em repúdio ao Supremo, como “abaixo a ditadura do 💥️STF“.
“Foi mais um final de semana bastante tenso”, disse Filipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos, em live no Youtube nesta segunda-feira. “Essa polarização política ainda vai dar pano para manga e sem sombra de dúvidas pode se refletir no preço dos ativos aqui no Brasil.”
Na última sessão, na sexta-feira, o dólar negociado no mercado interbancário fechou em baixa de 0,85%, a 5,3404 reais.
A moeda norte-americana perdeu força desde que tocou máximas recordes a poucos centavos dos 6 reais no mês passado, mas ainda acumula alta de mais de 30% no ano de 2023, impulsionado por um ambiente de juros baixos, crescimento fraco e incertezas políticas.
O Banco Central realizará nesta segunda-feira leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos com vencimento em setembro de 2023 e fevereiro de 2023.
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