Dólar despenca abaixo de R$ 5, mas ainda acumula alta de cerca de 25% ante real
Otimismo global pressiona desvalorização do dólar (Imagem: Reuters/Guadalupe Pardo)
O 💥️dólar caía mais de 1% contra o 💥️real nos primeiros negócios desta sexta-feira, caminhando para fechar a terceira semana consecutiva de perdas em meio a exterior otimista, embora tensões políticas locais continuassem no radar dos investidores.
Os mercados também estão à espera de dados importantes sobre o 💥️emprego nos 💥️Estados Unidos, que serão divulgados às 9h30.
Às 10:40 (💥️horário de Brasília), o dólar (💥️USDBRL) recuava 2,64%, a 4,9843 reais na venda. O dólar futuro de maior liquidez caía 1,0%, a 5,074 reais.
A sexta-feira marcava 💥️o fim de uma semana positiva para ativos arriscados, que têm sido impulsionados pelo otimismo em relação a uma retomada da atividade nas principais economias devido aos relaxamentos graduais das restrições. Até agora, o dólar acumula queda de 5,8% contra o real desde o fechamento da última sexta-feira.
No exterior, 💥️outras moedas arriscadas — como peso mexicano, rand sul-africano e dólar australiano — operavam em alta contra o dólar neste pregão.
“Investidores acompanham a divulgação de indicadores macroeconômicos, mas mantêm o foco na reabertura das atividades econômicas em vários países”, escreveram analistas do 💥️Bradesco (💥️BBDC4).
Taxa de desemprego nos EUA cai inesperadamente em maio (Imagem: Reuters/Nick Oxford)
Nesta sexta-feira, 💥️o relatório de emprego do governo dos EUA mostrou que a taxa de desemprego na maior economia do mundo teve uma queda inesperada em maio, passando de 14,7% em abril para 13,3%, contrariando as expectativas de alta para 19,8% em pesquisa da 💥️Reuters.
Participantes do mercado disseram que a leitura foi muito melhor do que a esperada, sinal de que o pior da crise econômica do 💥️coronavírus pode já ter passado.
“Além disso, 💥️o anúncio da ampliação do programa de estímulos monetários feito pelo BCE ontem ainda traz impulso adicional aos negócios“, completaram analistas do Bradesco.
O 💥️Banco Central Europeu aprovou uma expansão maior do que a esperada em seu programa de estímulo na quinta-feira para impulsionar suas economias, ampliando as compras de ativos emergenciais em 600 bilhões de euros, para 1,35 trilhão de euros.
Enquanto isso, no 💥️Brasil, as atenções continuavam nos desdobramentos políticos, com expectativa de possíveis agitações sociais para o fim de semana.
O presidente 💥️Jair Bolsonaro voltou a chamar os manifestantes de grupos pró-democracia contrários ao seu governo de “marginais” e “terroristas” nesta sexta-feira, 💥️e pediu que as forças de segurança do país atuem contra as manifestações marcadas para domingo se os grupos “extrapolarem” os limites.
Bolsonaro volta a atacar manifestantes (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)
Apesar de já ter perdido força desde que tocou máximas recordes próximas de seis reais em meados de maio, o dólar ainda acumula alta de cerca de 25% contra o real no ano de 2023, prejudicado por um cenário de incertezas políticas, juros baixos e fortes impactos econômicos causados pela pandemia de coronavírus.
Na véspera,💥️ a moeda norte-americana spot teve alta de 0,89%, a 5,1315 reais na venda.
O Banco Central ofertará nesta sexta-feira até 12 mil contratos de swap cambial tradicional para rolagem, com os vencimentos divididos entre setembro de 2023 e fevereiro de 2023.
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