Após grande devastação em 2023, florestas tropicais veem nova ameaça no coronavírus
Brasil está entre os três países que mais perderam florestas primárias no ano passado (Imagem: Reuters/Bruno Kelly)
As florestas tropicais 💥️desapareceram no mundo a um ritmo de um campo de futebol a cada seis segundos no ano passado, disseram pesquisadores nesta terça-feira, exortando o 💥️Brasil e outros países a incluírem a proteção florestal em seus planos pós-pandemia.
A perda de 3,8 milhões de hectares de floresta tropical primária & áreas intactas de árvores antigas — 💥️em 2023 foi o terceiro maior declínio desde a virada do século, de acordo com dados da entidade 💥️Global Forest Watch (💥️GFW).
Os três países que mais perderam florestas primárias no ano passado & Brasil, República Democrática do Congo e 💥️Indonésia& permaneceram os mesmos neste século, disseram pesquisadores da GFW, e o Brasil respondeu por mais de um terço de toda a perda de floresta primária em 2023: 1,36 milhão de hectares.
“As florestas primárias são as áreas com que estamos mais preocupados, elas têm as maiores implicações para o carbono e a biodiversidade”, disse Mikaela Weisse, gerente de projetos do serviço de monitoramento de florestas da GFW, administrada pelo 💥️World Resources Institute.
“O fato de que as estamos perdendo tão rapidamente é muito preocupante”, disse ela à 💥️Thomson Reuters Foundation.
No curto prazo, o vírus pode enfraquecer a aplicação de leis florestais (Imagem: Reuters/Ricardo Moraes)
A perda de floresta tropical, que atingiu uma alta recorde em 2016 e 2017, foi 2,8% maior em 2023 do que no ano anterior.
A expansão do 💥️agronegócio, incêndios florestais, o corte de árvores, a mineração e o crescimento populacional contribuem para o desmatamento, segundo pesquisadores da GFW.
Derrubar florestas tem grandes implicações para as metas globais de combate à mudança climática, já que as árvores absorvem cerca de um terço das emissões de gases de efeito estufa produzidas mundialmente, que aquecem o planeta.
As florestas também proporcionam alimento e sustento para pessoas que vivem nelas ou nos seus arredores, e são um habitat essencial para a vida selvagem e ajudam na precipitação tropical.
Os governos que estão preparando planos de estímulo econômico pós-💥️coronavírus deveriam incluir medidas para proteger as florestas, disse Weisse.
No curto prazo, o vírus pode enfraquecer a aplicação de leis florestais, e as pessoas se aproveitarão disso para cometer 💥️crimes ambientais, alertou.
No médio prazo, o estresse econômico pode aumentar a pressão por indústrias mais extrativas ou pela 💥️agricultura de larga escala em florestas, acrescentou ela.
No médio prazo, o estresse econômico pode aumentar a pressão pela agricultura de larga escala em florestas (Imagem: Reuters/Bruno Kelly)
Trabalhadores que estão voltando para casa por terem perdido o emprego nas cidades também podem se voltar às florestas para ajudar a alimentar suas famílias, aumentando o risco de desmatamento, alertou Weisse.
“A situação mudou”, disse ela a respeito da pandemia de Covid-19. “O que precisamos fazer também mudou”.
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