Quase 60 milhões de pessoas receberam o auxílio emergencial, diz presidente da Caixa
O agente escolhido para o repasse foi a Caixa Econômica Federal, que já fez o pagamento da primeira e segunda parcelas do benefício a quase 60 milhões de pessoas (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)
Trabalhadores vulneráveis, como autônomos, informais e microempreendedores, se viram em alerta diante da paralisia comercial para o combate à propagação da covid-19.
A suspensão forçada das atividades comerciais para conter a pandemia fez o dinheiro parar de entrar na conta desses trabalhadores que agora estão no vermelho e com o sustento ameaçado.
O sinal de alívio chegou com o anúncio do auxílio emergencial de R$ 600 oferecido pelo 💥️governo federal.
O agente escolhido para o repasse foi a 💥️Caixa Econômica Federal, que já fez o pagamento da primeira e segunda parcelas do benefício a quase 60 milhões de pessoas.
Quem analisa as informações sobre quem tem ou não direito ao benefício é a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev). Milhares ainda aguardam análise do cadastro.
Ao programa Impressões, daTV Brasil, que vai ao ar hoje (7) às 22h30, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, contou os desafios de disponibilizar recursos a milhões de brasileiros em poucos dias.
‘Este foi o maior pagamento da história do 💥️Brasil, da América Latina, do Hemisfério Sul, não só no volume, como na velocidade. O que foi mais impactante: a lei foi promulgada no dia 2 de abril.
Nós lançamos o aplicativo do auxílio emergencial no dia 7 de abril, cinco dias depois. No dia 9 de abril, nós já fizemos o pagamento para 2,5 milhões de pessoas”, contou.
Ao programa Impressões, daTV Brasil, que vai ao ar hoje (7) às 22h30, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, contou os desafios de disponibilizar recursos a milhões de brasileiros em poucos dias (Imagem: TV Brasil)
Guimarães destacou que a análise dos dados incluídos no aplicativo não depende da Caixa, mas de um cruzamento de informações contidas na Dataprev.
O presidente reconhece que, pelo desconhecimento da população, a disponibilização do benefício acabou gerando dúvidas e filas.
“Nós tivemos, há um mês e meio, filas e aglomerações durante dois dias. A Caixa lançou um aplicativo e, no primeiro dia, 42 milhões de brasileiros se inscreveram.
Enviamos para o Dataprev e quando eles voltaram com quem poderia ser elegível, pagamos a 8 milhões de pessoas em um dia, a 7,5 milhões no outro e, quando começamos a pagar, muitas pessoas tinham dúvidas. Então, não iam só 8 milhões [de pessoas] que tinham direito. Ia todo mundo”, contou.
Com instituição tradicionalmente utilizada pelo governo para o pagamento de benefícios e auxílios emergenciais, a Caixa mantém um padrão de funcionamento: “O normal seria ter de um a dois meses para organizar esse banco de dados e pagar por mês de nascimento.
Mas, como tinha urgência, o que aconteceu? Recebemos a base de dados, já analisada pela Dataprev, e começamos a pagar.
Como começamos a pagar, aconteceram as aglomerações. Então, na segunda parcela, já não teve nenhuma aglomeração”, disse.
Guimarães lembra que durante o saque imediato do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (💥️FGTS), no ano passado, foram repassados os valores para 60 milhões de pessoas, sem filas. Mas, segundo ele, a instituição teve dois meses para se preparar.
“O que nós pagamos durante seis meses, agora nós pagamos em duas semanas. O que teve dois meses para se organizar, desta vez teve cinco dias. Essa foi a dificuldade.
O presidente reconhece que, pelo desconhecimento da população, a disponibilização do benefício acabou gerando dúvidas e filas (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)
Mas tivemos uma tecnologia com uma melhora muito grande. Hoje, já conseguimos que as pessoas façam compras em mais de mil ✅sites na internet, que paguem contas de água, luz, gás, telefone e boletos e, desde a semana passada, que façam compras utilizando o celular como se fosse um cartão”, afirmou.
Na conversa com a jornalista Katiuscia Neri, o presidente da Caixa afirmou que hoje menor número de pessoas usa as agências.
De acordo com dados da instituição, dois terços das pessoas que sacam o dinheiro fazem eletronicamente.
Segundo ele, o pagamento da terceira parcela vai seguir o mesmo critério da segunda. “Faremos o depósito muito rápido.
As pessoas terão nas suas contas digitais o dinheiro para pagar contas, comprar na internet ou realizar compras em supermercados, farmácias e poderão sacar um pouco depois”, afirmou.
Segundo ele, o esforço para evitar aglomeração tem um foco preciso no público do Bolsa Família. “Há quase 15 anos recebe sempre na mesma data.
Essa data nunca foi alterada e sempre em dinheiro. É um público que, normalmente, tem pouca informação. São 19 milhões de pessoas que sempre receberam nos dez últimos dias úteis”, acrescentou.
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