Consumo de café aumenta nos EUA mesmo com cafeterias fechadas
A tendência mais do que compensou a queda no setor de serviços de alimentação: o consumo de café subiu cerca de 1,5% a 2% nos três meses até maio nos EUA, segundo estimativas da Olam (Imagem: REUTERS/Nguyen Huy Kham)
Muitas das icônicas redes de café dos 💥️Estados Unidos ainda estão fechadas, mas isso não significa que a demanda esteja em queda, de acordo com a Olam International, umas das maiores tradings da 💥️commodity do mundo.
A corrida dos consumidores para estocar a marca de café favorita impulsionou as vendas em supermercados e até on-line, disse Vivek Verma, responsável pela divisão de café da empresa, com sede em 💥️Cingapura.
A tendência mais do que compensou a queda no setor de serviços de alimentação: o consumo de café subiu cerca de 1,5% a 2% nos três meses até maio nos EUA, segundo estimativas da Olam.
Com a propagação do novo coronavírus, medidas de isolamento social reduziram as vendas. Muitas cafeterias ainda estão fechadas e, embora redes como 💥️Starbucks tenham algumas lojas abertas, os consumidores só podem comprar para levar ou pelo drive-thru na maioria dos estados. A expectativa de menor demanda por café contribuiu para a queda dos preços futuros do grão.
“No começo, todo mundo pensava que a Covid mataria a demanda”, disse Verma por telefone de Cingapura. “Para países que não tomam café, onde é mais parte da socialização, pode haver alguma queda, mas nos países consumidores, o consumo até o momento parece mais forte na comparação anual.”
As vendas de café em supermercados dos EUA aumentaram 31% em março, 6% em abril e 11% em maio, em comparação com o ano anterior, disse Verma, citando dados da empresa de análise Nielsen.
Com as preocupações sobre o impacto do coronavírus e a desvalorização cambial no Brasil, maior produtor de café do mundo, os preços do grão arábica acumulam baixa de 11% desde o fim de fevereiro.
No cado do robusta, a queda é de apenas 3% no mesmo período, já que a variedade é mais usada no café instantâneo e blends tomados em casa.
Apesar da queda das cotações, a Olam espera que a oferta global fique aquém da demanda em 3,3 milhões de sacas na temporada que termina em 30 de setembro.
Embora a operadora projete déficit de grãos arábica de 6,8 milhões de sacas, o mercado robusta pode mostrar superávit de 3,5 milhões. Atualmente, a previsão é de que o mercado mundial tenha excedente de 5,7 milhões de sacas na próxima temporada, de acordo com Verma. Uma saca pesa 60 kg.
O consumo fora de casa deve ter caído de 50% a 85%, disse Verma. Na Europa, os dados da Alemanha, maior consumidor, mostram um aumento do consumo de 3% em abril e maio.
A Olam opera suas duas unidades de café solúvel no Vietnã e na Espanha com 100% da capacidade, e a empresa está preocupada com interrupções no fornecimento, pois a crise do Covid-19 piora nos principais produtores.
A empresa criou um fundo para ajudar agricultores de países como 💥️Peru, 💥️Colômbia, Uganda e 💥️Brasil, onde a colheita já está em andamento.
Os fundos serão usados para oferecer treinamento, bem como para garantir suprimentos médicos, kits de higienização e equipamentos de proteção, disse Verma. Alguns dos maiores clientes da Olam, como Nespresso e J.M. Smucker & dona da marca Folgers & também estão contribuindo.
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