Como resgatar estatais sem provocar uma crise de dívida?

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Em mercados emergentes, estatais são importantes geradoras de empregos, entrelaçadas firmemente no tecido econômico e até na identidade nacional (Imagem: REUTERS/Anton Vaganov)

Economias de mercados emergentes enfrentam um novo dilema no início da lenta jornada rumo à recuperação: como resgatar estatais sem também provocar uma crise da 💥️dívida.

Governos sem recursos na 💥️Indonésia, 💥️Índia, 💥️África do Sul e outros países estão sob pressão para socorrer estatais no setor aéreo, de energia e outros segmentos abalados pelas restrições de viagens relacionadas ao vírus, colapso da demanda e queda dos preços do 💥️petróleo.

Com o risco da dívida, a nota de crédito de algumas empresas está em observação, além de levar investidores nervosos a venderem ativos antes que a situação piore.

Em mercados emergentes, estatais são importantes geradoras de empregos, entrelaçadas firmemente no tecido econômico e até na identidade nacional.

Essas empresas respondem por💥️ 55% do investimento em infraestrutura nesses países, de acordo com o 💥️Fundo Monetário Internacional, e representam cerca de 60% da dívida corporativa não financeira, segundo estimativa do Instituto de Finanças Internacionais.

“Os governos tendem a fornecer suporte significativo a essas entidades pseudoprivadas para perseguir objetivos políticos”, disse Emre Tiftik, diretor do IFF, em Washington. “Durante episódios de estresse, são essenciais para gerar emprego, embora isso aconteça sob o custo de baixa produtividade”.

Nesse cenário, é provável que ocorra um aumento da dívida de empresas estatais, disse Tiftik. “As implicações desse aumento serão duradouras e pesarão no crescimento potencial a médio e longo prazo”, disse.

Os déficits fiscais já deram um salto em meio aos aumentos dos gastos públicos para sustentar o crescimento, mas esses números geralmente não capturam os verdadeiros passivos enfrentados por autoridades se precisarem intervir para apoiar ou resgatar empresas estatais.

Na 💥️América Latina, aéreas buscam ajuda dos governos quando mais empresas correm risco de colapso. A 💥️Latam Airlines, maior aérea da região, seguiu os passos da colombiana Avianca e entrou com pedido de recuperação judicial em Nova York.

Um ponto positivo para governos é que as taxas de juros globais estão baixas por enquanto, disseram Taimur Baig e Ma Tiolhando, economistas do DBS Group, em 💥️Cingapura.

“Mas isso também significa que o crescimento do 💥️PIB e da receita será baixo”, escreveram em relatório. “A atual onda de gastos, muitos deles inevitáveis neste ano, apresenta muitos riscos para o futuro.”

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