Forças Armadas não aceitam tentativa de tomada de poder por meio de julgamento político, diz Bolsonaro
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“Lembro à nação brasileira que as Forças Armadas estão sob a autoridade suprema do presidente da República”, disse Bolsonaro (Imagem: Flickr/Palácio do Planalto)
Pouco depois de o vice-presidente do 💥️Supremo Tribunal Federal considerar que o presidente da República tem poder limitado como chefe das 💥️Forças Armadas ao conceder uma liminar, o presidente 💥️Jair Bolsonaro afirmou que os militares não cumprem ordens absurdas nem aceitam tentativas de tomada de poder por outro Poder da República por meio de julgamentos políticos.
“Lembro à nação brasileira que as Forças Armadas estão sob a autoridade suprema do presidente da República, de acordo com o Art. 142/CF”, diz Bolsonaro em nota conjunta com o vice-presidente 💥️Hamilton Mourão e o ministro da Defesa, general 💥️Fernando Azevedo.
“As mesmas destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos Poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”, continua a nota.
“As FFAA do Brasil não cumprem ordens absurdas, como p. ex. a tomada de poder. Também não aceitam tentativas de tomada de poder por outro Poder da República, ao arrepio das leis, ou por conta de julgamentos políticos”, acrescentam os signatários.
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“As FFAA do Brasil não cumprem ordens absurdas, como p. ex. a tomada de poder”, disse Bolsonaro (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)
A declaração ocorre não só após a decisão de 💥️Luiz Fux como em meio ao julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral (💥️TSE) das primeiras duas ações contra a chapa Bolsonaro-Mourão, vitoriosa nas eleições de 2018, ao inquérito no Supremo que investiga a possível interferência de Bolsonaro na 💥️Polícia Federal e também a especulações sobre um eventual processo de 💥️impeachment, sempre tratado como um julgamento político-jurídico, contra o presidente.
Ao acatar parcialmente uma liminar em ação movida pelo 💥️PDT para definir o emprego da instituição do ponto de vista legal, 💥️Fux considerou que o presidente da República tem “poder limitado” como chefe das Forças Armadas e destacou que elas não têm competência para ser um “poder moderador”.
“Com efeito, a chefia das Forças Armadas assegurada ao presidente da República consiste em poder limitado, do qual se deve desde logo excluir qualquer interpretação que permita indevidas intromissões no regular e independente funcionamento dos outros Poderes e instituições, bem como qualquer tese de submissão desses outros Poderes ao Executivo”, disse Fux.
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“Com efeito, a chefia das Forças Armadas assegurada ao presidente da República consiste em poder limitado”, disse Fux (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)
Bolsonaro já criticou o inquérito que investiga a possível interferência dele na PF, assim como o chamado inquérito das fake news, que atingiu aliados seus. Na véspera, o presidente disse que as ações que começaram a ser julgadas no TSE na terça-feira deveriam ser arquivadas e deixam claro o intuito da tentativa de “querer decidir no tapetão”.
Nesta sexta, em entrevista online com a imprensa estrangeira, o presidente do TSE, 💥️Luís Roberto Barroso, que também é ministro do STF, 💥️disse que a corte não é um ator político e que a chapa vencedora da eleição presidencial em 2018 será julgada com base em uma análise imparcial das provas, mas ressaltou que o tribunal tem competência prevista na Constituição e na legislação para cassar os mandatos se for o caso.
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