Bolsonaro não tem objetivo de ruptura institucional e nem as Forças Armadas, diz Mourão
Na avaliação do vice, as Forças Armadas têm permanecido, como nos últimos 35 anos, “dentro da disciplina, da hierarquia, cumprindo as suas missões constitucionais” (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)
O vice-presidente 💥️Hamilton Mourão disse nesta segunda-feira que o presidente 💥️Jair Bolsonaro não tem como objetivo qualquer ruptura institucional do país e que as 💥️Forças Armadas têm mantido seu papel constitucional.
“O presidente não tem o mínimo anseio, o mínimo objetivo de fazer alguma ruptura institucional aqui no nosso país… as Forças Armadas estão fora de qualquer tipo de ação dessa natureza, mas eu deixo claro que o presidente não tem essa visão em momento nenhum”, disse Mourão em entrevista à CNN Brasil.
Na avaliação do vice, as Forças Armadas têm permanecido, como nos últimos 35 anos, “dentro da disciplina, da hierarquia, cumprindo as suas missões constitucionais”.
Segundo o vice, entre os militares pode haver indivíduos com uma simpatia maior pelo governo Bolsonaro, outros nem tanto, “mas o importante é os comandantes estarem devidamente comprometidos apenas com a missão constitucional”, afirmou.
Ele acrescentou que “em nenhum momento está escrito que elas são um Poder Moderador”, distanciando-se da posição defendida por alguns apoiadores do presidente e mesmo por juristas.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (💥️STF) 💥️Luiz Fux, em decisão formal, e o presidente da corte, 💥️Dias Toffoli, já declararam que esse papel não cabe às Forças Armadas.
Questionado se sentia-se preparado para assumir a Presidência caso necessário, Mourão foi taxativo: “Nem passa pela minha cabeça, o nosso presidente se chama Jair Bolsonaro.”
Queiroz e TSE
O vice-presidente disse não acreditar que uma eventual delação premiada do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz possa ameaçar o governo Bolsonaro.
“Eu acho que não. Eu acho que essa questão aí está circunscrita a problemas da Assembleia Legislativa lá do Estado do Rio de Janeiro, não é? Tem bastante gente ali para ser investigada, esse processo é grande. Então, eu acho que para chegar ao Palácio do Planalto, não há condições para isso.”
Queiroz, ex-assessor do senador 💥️Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, foi preso na quinta-feira em Atibaia (SP), em cumprimento a mandado expedido pela Justiça do Rio no âmbito das investigações sobre um esquema de “rachadinha” na Alerj.
“Esse é um caso que o presidente Bolsonaro se manifestou desde o começo do ano passado e deixou muito claro que quem errou, terá que pagar”, disse o vice.
Mourão também minimizou o impacto de eventual compartilhamento de provas obtidas no inquérito das 💥️fake news com as ações em análise no Tribunal Superior Eleitoral (💥️TSE) contra a chapa vitoriosa na eleição presidencial de 2018.
“Eu considero que nenhuma prova que for obtida aí terá interferência no que foi a nossa campanha”, disse.
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