Correções altistas da terça (30) podem ter dado nova base de suporte para a soja
Plantio da soja nos EUA deram suporte ara altas em Chicago (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)
As altas “corretivas” da soja nesta terça em Chicago, na expressão do analista Vlamir Brandalizze, que superaram os 20 pontos apenas pela área plantada nos Estados Unidos ter crescido aquém da expectativa do mercado, podem ter feito a commodity a encontrar uma nova base de suporte.
E estão dando sustentação nesta quarta (1) no vencimento agosto em Chicago, em torno de mais 1%, em US$ 8,86, e no julho, ao redor de 1,05% a 1,10%, perto dos US$ 8,94%, às 11h45 (Brasília).
O Departamento de Agricultura (USDA) mostrou 33,91 milhões de hectares, 10% acima da safra 19/20, contra também os 33,8 milhões/ha da pesquisa de março. Os participantes do mercado esperavam em torno de 34 milhões/ha.
E como o levantamento do USDA, reportando ontem a expansão, foi feito antes do término do plantio, ainda pode haver alterações mais na frente, talvez no próximo documento, lembra Adriano Gomes, da AgRural.
O “incremento tímido”, segundo Gomes, chamou atenção pela queda de área do milho (2 milhões/ha) e do algodão (600 mil/ha), que poderia ter sido transferida para soja em maior quantidade.
Para Marlos Correa, da InSoy Commodities, a alta foi forte mais em razão da espera de algum fundamento novo que sustentasse preços, mas nem tanto pelos números trazidos do plantio.
É o que Brandalizze chamou de correção. “O mercado precisava disso e tem espaço para novas altas”, diz.
O trader da InSoy também lembra que os agentes observam estoques baixos (pela quebra da safra passada) e a necessidade da China acelerar as compras dos produtores americanos, com o fim do disponível cada vez mais próximo no Brasil.
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