Mercados de fertilizantes e defensivos devem crescer até 2% no Brasil em 2023, diz Rabobank
A demanda por fertilizantes deve crescer 1,5% na comparação anual, para 36,7 milhões de toneladas (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)
Os mercados de 💥️fertilizantes e 💥️defensivos devem encerrar o ano de 2023 em alta no Brasil, na esteira do aumento na demanda e de boas oportunidades de compra para agricultores que tiveram as receitas de suas 💥️commodities impulsionadas pelo câmbio, estimou o 💥️Rabobank nesta quarta-feira.
A demanda por fertilizantes deve crescer 1,5% na comparação anual, para 36,7 milhões de toneladas, enquanto o faturamento do setor de defensivos tende a aumentar 2%, para 14 bilhões de dólares, disse o analista de insumos agrícolas do banco Matheus Almeida, em webinar.
“A volatilidade cambial no Brasil está gerando oportunidades boas para o produtor de soja, milho e café travar (vendas) com boas margens e comprar os insumos com relação de troca bem favorável”, afirmou.
Nesta quarta-feira, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou em pelo menos 3 milhões de toneladas a perspectiva para as exportações de soja do Brasil em 2023, em relação à avaliação divulgada no mês passado, para mais de 80 milhões de toneladas, em meio à firme demanda da China.
Até mesmo os segmentos mais afetados pela crise do novo coronavírus, como o algodão, puderam contar com a valorização da moeda norte-americana para ajudar na receita de exportação e minimizar parte do impacto no consumo, acrescentou o especialista.
No caso específico dos fertilizantes, Almeida disse que a percepção para o mercado global ainda indica excesso de oferta e possível baixa para os preços até o fim do ano.
“Nas últimas semanas os preços estão subindo um pouco…(mas) há muita incerteza sobre a demanda que pode desencadear uma pressão no último trimestre”, afirmou sobre o tendência para o consumo de potássio.
Segundo ele, os preços do potássio, que estão atualmente em torno de 235 dólares por tonelada podem avançar para entre 240 e 250 dólares até setembro, e, na sequência, voltar para 220 dólares por tonelada até dezembro.
“A capacidade produção da Índia também vai dar um pouco do ritmo para o mercado internacional, se vão conseguir manter tudo funcionando durante o lockdown”, ressaltou o analista do Rabobank sobre um dos efeitos da pandemia.
No mercado de ureia, o especialista citou que ainda há fornecedores na Índia precisando “vender no mercado”, o que deve oferecer pressão de baixa às cotações.
Quanto à China, importante fornecedora de insumos para o mundo, a visão é de que a indústria se recuperou rapidamente dos impactos da pandemia do coronavírus e, na prática, ainda não houve efeito significativo sobre preços e produção.
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