Café: exportadores saíram das vendas e esperam fundos voltarem às compras em Nova York
Exportadores de café entraram em queda de braço com os fundos operadores do mercado futuro (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)
A noção de que as exportações brasileiras de café, que já atingiram 40% da safra, ou pouco mais, estão pressionando o produtor a entregar na cotação de Nova York, não se realiza na prática.
As vendas antecipadas deram folga sobre a necessidade dos exportadores, que estão fora das vendas enquanto apenas os fundos estão ficando menos expostos. Nesta sexta (10), às 10h10 (Brasília), o contrato setembro recua perto de 0,40%, para 98 centavos de dólar por libra-peso, perdendo o suporte de 100 pontos.
“As origens não estão vendendo agora, apenas os fundos”, explica Lúcio Dias, superintendente comercial da Cooxupé, lembrando que o momento agora é das torrefadoras adquirirem matéria prima.
Quando os fundos voltarem comprados, os produtores voltam a ofertar com a elevação das cotações.
As antecipações se aproveitaram do dólar tanto na ponta vendedora quanto na ponta importadora, avalia também Jânio Zeferino, da AgroEasy. E a volatilidade atual também ajuda a travar os negócios, complementa o consultor.
Ainda há reflexo nos preços diante das incertezas em relação à pandemia e os efeitos no consumo mundial, acredita ele.
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