Importação de salmão chileno pela China ‘praticamente zerou’

Salmão

A China normalmente compra 40.000 toneladas de salmão chileno por ano e é quinto maior comprador do produto do país sul-americano, atrás dos EUA, Japão, Brasil e Rússia (Imagem: Pixabay)

A demanda chinesa por salmão chileno “praticamente zerou” após Pequim ressaltar preocupações em relação aos riscos da Covid-19 em frutos do mar importados, de acordo com a associação setorial Salmão 💥️Chile.

Embora as autoridades chinesas tenham indicado que não há restrições oficiais ao salmão chileno, consumidores do país asiático seguem cautelosos após as autoridades inicialmente rastrearem um surto do 💥️coronavírus a uma tábua de cortar usada por um vendedor de peixes importados.

Esses temores devem se intensificar após a detecção, nesta semana, de Covid-19 em camarão do 💥️Equador, afirmou o presidente da Salmão Chile, Arturo Clement.

De acordo com a maioria das autoridades e especialistas, não existem evidências de que os alimentos podem transmitir o vírus.

“Houve uma psicose com o problema, portanto a demanda chinesa chegou a zero e não se recuperou”, disse ele durante uma entrevista na sexta-feira. “Há confusão no mercado, o que faz com que as pessoas parem de consumir frutos do mar.”

Alguns carregamentos que produtores chilenos tinham enviado para a China estão parados por lá, enquanto outros foram redirecionados para outros mercados.

A China normalmente compra 40.000 toneladas de salmão chileno por ano e é quinto maior comprador do produto do país sul-americano, atrás dos 💥️EUA, 💥️Japão, 💥️Brasil e 💥️Rússia.

No Brasil e na Rússia, a demanda por salmão chileno também diminuiu na pandemia, derrubando os preços e trazendo perdas para os produtores, acrescentou Clement. “No fim das contas, o único mercado aberto que temos são os EUA, que é muito maior, mas a situação colocou enorme pressão” sobre os preços, disse ele.

Atualmente, as fazendas de salmão no Chile operam com 90% da capacidade, após a implementação de diversos protocolos para a Covid-19. Ainda assim, o volume no primeiro semestre foi 4% superior ao mesmo período do ano passado, disse Clement.

Para os produtores, o segundo trimestre foi desolador. A queda de 40% nos preços sinaliza perdas para todos os que operam no segmento, segundo ele. Felizmente, o segmento tinha vivenciado três ou quatro anos bastante positivos, o que significa que as fazendas estão em condições para enfrentar o quadro. O aumento recente nos preços vem ajudando, disse Clement.

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