Provisões de bancos dos EUA descartam recuperação em V

JPMorgan

O JPMorgan disse que a inadimplência em suas maiores categorias de empréstimos ao consumidor caiu ou se manteve estável em relação ao ano anterior (Imagem: Reuters/Mike Segar)

A ação rápida do💥️ Federal Reserve e do governo dos 💥️Estados Unidos evitou um salto da inadimplência em empréstimos causada pela pandemia. Mas os maiores💥️ bancos dos EUA sinalizam que o problema está a caminho.

💥️JPMorgan Chase, 💥️Citigroup e💥️ Wells Fargo fizeram provisões de quase US$ 28 bilhões para empréstimos duvidosos no segundo trimestre, uma marca apenas superada nos últimos três meses de 2008, durante o auge da crise financeira.

O total foi mais alto do que analistas esperavam. As três instituições financeiras disseram que suas perspectivas econômicas se deterioraram devido ao contínuo avanço do coronavírus nos EUA.

Mesmo com o aumento do desemprego, os programas de estímulo ajudaram indivíduos a permanecer em dia com as dívidas e muitos aproveitaram as opções para adiar pagamentos oferecidas pelos bancos.

O JPMorgan disse que a inadimplência em suas maiores categorias de empréstimos ao consumidor caiu ou se manteve estável em relação ao ano anterior, e a maioria dos clientes de cartões de crédito e hipotecas que recebeu autorização para adiamentos ainda assim efetuou pagamentos.

“Esta não é uma recessão normal. A parte recessiva disso veremos no futuro”, disse o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, na terça-feira. “Veremos o efeito desta recessão. Não veremos imediatamente por causa de todo o estímulo.”

O 💥️Wells Fargo fez a maior provisão para perdas com empréstimos na história do banco, o que causou o primeiro prejuízo líquido da instituição desde 2008 e um corte de 80% dos dividendos.

As mesas de trading do JPMorgan e do Citigroup aproveitaram as enormes oscilações do mercado e registraram trimestres recordes, o que ajudou essas instituições a manterem a rentabilidade.

Wells Fargo

O Wells Fargo fez a maior provisão para perdas com empréstimos na história do banco (Imagem: REUTERS/Jeenah Moon)

Mas mesmo mercados dinâmicos não conseguiram evitar o golpe da nova realidade econômica provocada pelo fracasso dos EUA em conter a propagação do coronavírus como outros países.

O JPMorgan agora 💥️espera que a taxa de desemprego se mantenha acima de 10% ao longo de 2023 e caia para 7,7% até o fim do próximo ano.

As provisões do segundo trimestre elevam o total de 2023 dos três bancos para US$ 47 bilhões, mais do que as reservas totais dessas instituições nos últimos três anos.

O pessimismo das previsões dos bancos contrasta com as estimativas do governo de Washington. A Casa Branca prevê forte recuperação econômica e disse que a previsão está intacta mesmo com o avanço do vírus e a ameaça de novas quarentenas.

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