Comércio de rua do Rio ainda não reagiu às vendas após reabertura

Comércio Rio de Janeiro

A economia já estava enfraquecida antes da pandemia de covid-19 ocorrer (Imagem: Tânia Rêgo/ Agência Brasil)

As vendas do comércio da cidade do 💥️Rio de Janeiro, reaberto há poucas semanas, ainda não emitem sinais de qualquer reação de melhoria. Os dados são do Clube de Diretores Lojistas do Rio e do Sindicato dos Lojistas.

Os números estão na contramão da maioria das capitais brasileiras, que já registram índices de crescimento pós-pandemia, apontados, inclusive, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística  (💥️IBGE).

De acordo com 💥️Aldo Gonçalves, presidente das duas entidades de classe, que juntas representam mais de 25 mil lojistas, neste início da reabertura o comércio registrou uma queda de 80% em média das vendas, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Segundo ele, o comércio vem atravessando uma prolongada crise, acumulando resultados negativos, como reflexo da má situação 💥️política e 💥️econômica do Rio de Janeiro nos últimos anos.

E, segundo ele, a pandemia de 💥️covid-19 agravou ainda mais esta situação.

“A economia já estava enfraquecida antes da pandemia de covid-19 ocorrer. O movimento de vendas do ano passado foi um fracasso. Nenhuma data comemorativa, nem mesmo o Natal, apresentou o resultado esperado. Já neste ano, em plena pandemia, datas como a Páscoa, o dia das mães e o dia dos namorados tiveram resultados igualmente negativos. E o fraco movimento registrado nessas primeiras semanas de reabertura do comércio tem mostrado que o consumidor continua preocupado com a doença e seus reflexos tanto na saúde como na economia, e, por isso, sumiu”, avaliou Gonçalves, em nota.

De acordo com o Dieese, o comércio, responsável pela grande geração de emprego e renda, neste primeiro semestre já perdeu quase 500 mil postos de trabalho com carteira assinada no país, dos quais mais de 55 mil só no estado do Rio de Janeiro.

E a Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços (CNC) apresentou outro dado preocupante: o comércio deixou de faturar R$ 240,8 bilhões em todo o 💥️Brasil, desde o início da pandemia.

Isso se reflete diretamente no encolhimento da economia, com o fechamento de milhares de lojas e o consequente aumento do desemprego e da perda de receita dos estados.

Alta em maio

Para Aldo Gonçalves, o bom resultado apresentado na pesquisa do IBGE, que apontou um crescimento de 13,9% das vendas do comércio varejista em maio, em relação ao mês anterior, deve ser visto com cautela. “Na mesma pesquisa, o IBGE mostra queda de 7,2% quando compara as vendas de maio deste ano com o mesmo mês de 2023. Por isso, os números devem ser analisados sem euforia.

O comerciante sabe que o caminho da recuperação é longo e difícil, com muitos obstáculos a superar”, explicou.

Apesar de o governo ter disponibilizado linhas de crédito na tentativa de amenizar a crise, os comerciantes, especialmente os micro e pequenos empresários, vêm encontrando dificuldades para acessá-las. “Se isso não mudar rapidamente, milhares de negócios do setor não sobreviverão, ceifando outros milhares de postos de trabalho”, alerta  Gonçalves.

O presidente do CDL-Rio e do Sindilojas da Cidade do Rio de Janeiro destaca a necessidade de diálogo e da conjunção de esforços para buscar soluções para esta crise sem precedentes. “Não há caminho mais seguro para a retomada da recuperação da economia do estado e da cidade do que a união entre o poder público e as entidades de classe representativas do comércio e da sociedade. Não cabem mais decisões isoladas.

É preciso sentar-se à mesa para discutirmos, juntos, projetos e programas de desenvolvimento em prol do interesse coletivo”, avaliou Aldo Gonçalves.

O que você está lendo é [Comércio de rua do Rio ainda não reagiu às vendas após reabertura].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...