Emergentes correm risco de ‘submergir’, diz autoridade de Cingapura
O alerta de Tharman Shanmugaratnam, ministro sênior e assessor econômico do primeiro-ministro de Cingapura, chega no momento em que a pandemia de coronavírus devasta a economia global (Imagem: Unsplash/@sveninho)
As conquistas de economias emergentes nas últimas décadas correm risco de desmoronar, com consequências econômicas, sociais e políticas para o resto do mundo, de acordo com uma autoridade de💥️ Cingapura.
O alerta de Tharman Shanmugaratnam, ministro sênior e assessor econômico do primeiro-ministro de Cingapura, chega no momento em que a pandemia de 💥️coronavírus devasta a💥️ economia global e causa a pior crise desde a Grande Depressão.
“Quando pensamos no futuro da economia mundial, é fundamental saber se o mundo emergente emergirá ou se submergirá”, disse Tharman em conferência online organizada na quinta-feira pelo DBS Group.
Fatores como “migração forçada, bem como a exportação do extremismo político, se tornarão realidade se observarmos um crescimento limitado e um grande número de pessoas desempregadas, formal ou informalmente”, disse Tharman. “As consequências serão sentidas no mundo todo.”
Para evitar esse cenário, instituições multilaterais como o Fundo Monetário Internacional precisarão conduzir a resposta econômica à pandemia, disse.
No mês passado, o💥️ Banco Mundial projetou que o PIB de mercados emergentes deve encolher pela primeira vez em pelo menos seis décadas.
A instituição alertou que a pandemia e a recessão mundial aumentarão a pobreza em países menos desenvolvidos, bem como o ônus da dívida.
O foco coletivo de instituições multilaterais e países deve ser “evitar que o mundo emergente se torne um mundo submerso”, disse Tharman, acrescentando que o impacto seria global.
O💥️ G-20 disse que decidirá ainda neste ano se estende a atual suspensão dos pagamentos da dívida para países mais pobres.
Falando no mesmo painel, o ex-presidente do Banco Central da💥️ Índia Raghuram Rajan alertou que muitos países emergentes verão a relação dívida/PIB “disparar”.
O crescimento nesses países terá que ser impulsionado pela demanda externa, e os governos terão que pensar com sensatez nos custos que o setor financeiro terá de arcar, afirmou.
“A última coisa que você deseja, mais do que uma crise do setor corporativo, é uma crise do setor financeiro”, disse.
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