Fortalecido como principal player em soja, Brasil importa mais para equilibrar demanda industrial
Movimento de soja paraguaia aumenta e comprova necessidade dos processadores (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)
O Brasil nem vislumbra ser player na importação de soja, mas caminha para bater recordes nessa via na medida em que se fortalece como maior exportador.
As indústrias entram cada vez mais forte na disputa pelo produto, escasseando com os embarques históricos, o que ajuda a elevar os prêmios nos portos, e trouxeram 126,2 mil toneladas em julho, basicamente do grão paraguaio.
Sobre as 12,8 mil/t compradas de fora em julho de 2023, reproduz o acumulado de 260 mil/t importadas no primeiro semestre. Nos mesmos seis primeiros meses do ano anterior foram 133,2 mil/.
A carência da oleaginosa no mercado interno com apetite puxado pelos setores de proteína animal, demandando mais ração, indica que as janelas de importação vão seguir forte, sobretudo nas cadeias do Sul do Brasil.
O crescimento das importações é empurrado contra o recorde que os produtores devem bater em exportações de soja. O último foi de 2018, com 83,5 milhões/t, mas até agora, na soma do ano, já se embarcou 74,3 milhões/t (52,8 milhões/t sobre 2023), faltando menos de dois meses para acabar o ciclo 19/20.
Juntando óleo e farelo, de janeiro a julho as exportações do complexo lotaram 85,7 milhões/t.
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