Gestores de fortunas na Ásia sofrem com impedimento de viagens
Gerentes de relacionamento em dois dos maiores centros de gestão transnacional de recursos não conseguiram viajar livremente este ano pela China e pelo Sudeste Asiático para conhecer potenciais clientes (Imagem: Pixabay)
Profissionais de private banking de 💥️Hong Kong e Singapura tiveram as asas cortadas pela pandemia, impedidos de perseguir os milionários espalhados por uma região onde as fortunas crescem mais rápido do que em qualquer outro lugar do mundo.
Gerentes de relacionamento em dois dos maiores centros de gestão transnacional de recursos não conseguiram viajar livremente este ano pela 💥️China e pelo Sudeste Asiático para conhecer potenciais clientes e verificar quem são os donos de iates, imóveis e muito mais.
Em vez disso, eles se concentram na disparada da negociação de instrumentos financeiros pelos clientes que já têm.
O encolhimento das perspectivas futuras é uma preocupação cada vez maior e os surtos de Covid-19 na região impedem a circulação de executivos e gerentes de relacionamento. Instituições como 💥️UBS e💥️ JPMorgan já perceberam um recuo do crescimento do dinheiro novo que vem da 💥️Ásia.
Embora as autoridades reguladoras tenham flexibilizado regras que normalmente exigem reuniões e visitas presenciais, os💥️ bancos ainda estão atrasados em termos de digitalização e alguns profissionais se recusam a abandonar as verificações tradicionais.
“O desafio é que a maior parte dos negócios dos bancos privados na Ásia vem de fora”, disse Benjamin Quinlan, presidente da consultoria de estratégia Quinlan & Associates, de Hong Kong. “Para atender clientes de outro país, é preciso viajar um tanto.”
Mais da metade dos ativos administrados em Hong Kong e Singapura vem do exterior. Os novos relacionamentos dos bancos privados geralmente são nutridos por encontros realizados ao longo de meses.
Além disso, existem exigências regulamentares para provar a identidade dos clientes e verificar suas fontes de riqueza.
Na divisão de gestão de fortunas do UBS, a Ásia contribuiu apenas US$ 200 milhões em dinheiro novo líquido no segundo trimestre, totalizando US$ 9,2 bilhões. Um ano antes, a contribuição foi de US$ 1,1 bilhão.
Mas a região ainda é a segunda colocada em geração de lucros, impulsionada pela negociação de instrumentos financeiros.
O número de novos clientes de private banking do JP Morgan na Ásia caiu mais de 10% no primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano passado, embora a corretagem tenha aumentado mais de 50%.
Na divisão de gestão de fortunas do UBS, a Ásia contribuiu apenas US$ 200 milhões em dinheiro novo líquido no segundo trimestre, totalizando US$ 9,2 bilhões (Imagem:EUTERS/Arnd Wiegmann)
Um executivo de Xangai, que trabalha em uma gestora de fortunas chinesa e pediu para não ser identificado discutindo um assunto particular, informou que o número de novos clientes offshore recuou mais de 30% no primeiro semestre em relação a um ano antes.
O líder regional de um banco privado europeu em Singapura admite que não conseguiu trazer nenhum cliente novo desde fevereiro.
Os bancos privados exigem que o cliente deixe com eles um valor mínimo que varia de US$ 1 milhão a mais de US$ 10 milhões. A Ásia é terreno fértil para quantias desse tamanho.
A riqueza em ativos financeiros na região, excluindo o Japão, aumentou 10,8% ao ano desde 2009, quase o dobro do ritmo global, de acordo com um relatório da Boston Consulting Group.
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