Queda das vendas em lojas do Rio no 1º semestre é a pior da história

Comércio Rio de Janeiro

Gonçalves acredita que 2023 não deixará boas lembranças para a sociedade, nem para os setores produtivos (Imagem: Tomaz Silva/ Agência Brasil)

O comércio do 💥️Rio de Janeiro registrou queda de 27% das vendas no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2023.

Esse foi o pior semestre da história do setor na capital, segundo análise do Clube dos Diretores Lojistas (CDL Rio) e do Sindicato dos Lojistas do Rio de Janeiro (Sindilojas).

Juntas, as duas entidades representam mais de 30 mil estabelecimentos comerciais.

O presidente do CDL Rio e do Sindilojas, Aldo Gonçalves, afirmou hoje (24) que o comércio carioca ainda não deu nenhum sinal de retomada depois da reabertura das atividades, no último dia 27 de junho, embora algumas cidades do país já apresentem uma recuperação tímida das vendas durante a pandemia.

Ele avaliou que a redução do consumo, gerada pelo isolamento social para evitar a contaminação pela covid-19 e, também, pela queda do poder aquisitivo em função do desemprego, segue afetando o setor.

“Dentre os mais prejudicados, do ponto de vista da 💥️economia, estão os micro, pequenos e médios empresários que se acham na linha de frente das grandes vítimas da 💥️covid-19, que passam por momentos dramáticos, lutando desesperadamente para sobreviver. Além disso, a crise econômica é anterior à pandemia.

Revela-se no elevado índice de desemprego, assim como na desordem urbana, na violência resiliente, na proliferação de camelôs, nas sequelas da corrupção desenfreada de governos anteriores”, queixou-se Gonçalves.

Retração

Lembrou que, no ano passado, as vendas tiveram retração de 2,9% em relação a 2018, com resultados negativos em todos os meses (janeiro -3,2%, fevereiro -3,8%, março -4%, abril -3,6%, maio -3,1%, junho -3,8%, julho-3,9%, agosto -2,1%, setembro -2,2%, outubro -2,3%, novembro-1,2% e dezembro -1,5%).

“Mesmo em dezembro [de 2023], mês do Natal, a data comemorativa mais importante para o comércio, o varejo carioca amargou queda de 1,5% nas vendas”, acentuou.

Para ele, a pandemia do novo coronavírus torna as perspectivas para 2023 ainda menos otimistas. Gonçalves acredita que 2023 não deixará boas lembranças para a sociedade, nem para os setores produtivos.

“Todos estão sofrendo as consequências da crise provocada pela pandemia. Neste cenário, o Rio de Janeiro foi um dos mais atingidos, ao contrário da maioria dos estados que experimentaram alguma recuperação”.

Destacou ainda que todas as datas comemorativas do primeiro semestre deste ano anotaram quedas no Rio de Janeiro.

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