Vale está com ótimos fundamentos, avalia Ágora

Vale VALE3

No curto e médio prazo, a companhia se beneficiará do aumento da produção de ferro, enquanto os preços da commodities seguem saudáveis, destaca a corretora (Imagem: Facebook/Vale)

A 💥️Vale (💥️VALE3) está pronta para colocar os trilhos no eixo e seguir sua rota de crescimento, afirma a 💥️Ágora em relatório enviado a clientes nesta semana.

Para os analitas Thiago Lofiego e Jose Cataldo, a mineradora está fazendo a “lição de casa” em pontos importantes, como na produção de 💥️minério de ferro, nos custos, nos dividendos, na vendas de ativos não produtivos e no ESG.

“Seguimos com a nossa visão de que a Vale está bem posicionada, o que deve impulsionar uma melhor precificação em relação aos pares australianos & atualmente negociando com um desconto de aproximadamente 30-35% em uma base EV/EBITDA, vs. 5-10 % que seria justo, em nossa opinião”, afirmaram.

Segundo a dupla, no curto e médio prazo, a companhia se beneficiará do aumento da produção de ferro, enquanto os preços da commodity seguem saudáveis.

“O segundo semestre está progredindo de acordo com o planejado e as perspectivas para 2023 são promissoras, com um aumento relevante nos volumes (pensamos em cerca de 350 milhões de toneladas)”, pontuaram.

Além disso, o real mais fraco deve derrubar os custos, com a geração de FCF (Fluxo de Caixa Livre) adicionalmente suportada pela estratégia de otimização de ativos da Vale (dissipação de perdas de caixa).

Dividendos

Os tão visados dividendos podem voltar com força em 2023, prevê a Ágora. Os analistas argumentam que com a dívida líquida “expandida” já dentro da meta, a empresa tem espaço para distribuir dividendos extraordinários.

Brumadinho

No caso de Brumadinho, a Ágora vê os desembolsos acelerados. A empresa continua executando reparações e pagando as indenizações acordadas (Imagem: Divulgação/Corpo de Bombeiros de Minas Gerais)

A dupla pondera ainda que o dividendo mínimo a ser pago no início do ano que vem será com base em resultados mais robustos que devem ser gerados no segundo semestre.

“Sentimos que a empresa poderia priorizar dividendos em vez de recompras”, afirmam.

Brumadinho

No caso de 💥️Brumadinho, a Ágora vê os desembolsos acelerados. A empresa continua executando reparações e pagando as indenizações acordadas.

“Um acordo abrangente com as autoridades (o que implicaria em provisões a mais de aproximadamente US$ 0,7-1,5 bilhões) parece ser de menor probabilidade neste momento”, afirmaram.

ESG

O ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa, em português) ganhou destaque nos últimos meses com a intensificação do debate sobre o meio ambiente.

Para tentar ganhar terreno nesse quesito, a companhia está “perseguindo” a meta de “descarbonização”, por meio de seu portfólio de produtos de alto grau, produção mais limpa no sistema e medidas internas.

“Reduzir as emissões do escopo 3 é mais desafiador, mas a Vale está investindo em P&D e já tem oportunidades sólidas, como a tecnologia proprietária Tecnored, que pode produzir ferro-gusa com 50 % de biomassa (potencialmente 100% no futuro)”, afirmaram.

Recomendação

A Ágora reiterou a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 85, valorização de 34,81%.

“Em virtude de um mercado de minério de ferro resiliente e melhorando as tendências operacionais no segundo semestre, esperamos que as ações da Vale sejam reavaliadas impulsionadas pela redução do risco após Brumadinho”, diz trecho do relatório.

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