Governo central tem déficit primário de R$ 87,835 bilhões em julho, melhor que esperado
De janeiro a julho, o rombo nas contas públicas foi de 505,187 bilhões de reais, contra 35,245 bilhões de reais em igual etapa de 2023 (Imagem: Pixabay)
O governo central, formado por 💥️Tesouro Nacional, 💥️Banco Central e 💥️Previdência Social, registrou um déficit primário de 87,835 bilhões de reais em julho, o pior para o período da série iniciada em 1997, mas melhor que o estimado pelo mercado.
A exemplo do que vem ocorrendo desde abril, o resultado foi novamente afetado, pelo lado da receita, pela retração econômica decorrente do surto de 💥️coronavírus.
Olhando para as despesas, houve impacto da execução de 62,8 bilhões de reais em medidas associadas ao combate à crise.
Só com o auxílio emergencial foram pagos 45,9 bilhões de reais, destacou o Tesouro nesta sexta-feira.
Analistas consultados pela Reuters, contudo, previam um déficit mais alto, de 96,785 bilhões de reais.
Em relatório divulgado na semana passada, a própria equipe econômica havia estimado um rombo primário recorde de 252 bilhões de reais para julho, diante do peso com o auxílio emergencial e um aumento generalizado em diversas despesas, mas prevendo obter contas superavitárias em outubro e novembro.
Em mensagem sobre o resultado efetivamente alcançado, o Tesouro não mencionou a disparidade entre os números.
De janeiro a julho, o rombo nas contas públicas foi de 505,187 bilhões de reais, contra 35,245 bilhões de reais em igual etapa de 2023.
Em 12 meses, o déficit primário é de 567,4 bilhões de reais, sendo que o governo projeta um déficit de 787,4 bilhões de reais para 2023, próximo a 11,0% do 💥️Produto Interno Bruto (PIB).
Por causa do estado de calamidade pública, o governo não precisará cumprir neste ano a meta de déficit primário, de 124,1 bilhões de reais.
De janeiro a julho, o rombo nas contas públicas foi de 505,187 bilhões de reais, contra 35,245 bilhões de reais em igual etapa de 2023 (Imagem: Diana Cheng/Money Times)
Apesar da licença para gastar, o Tesouro voltou a fazer nesta sexta-feira um apelo para a retomada dos esforços de consolidação fiscal e disse que se os gastos públicos forem expandidos sem respeito à regra do teto de gastos haverá danos inequívocos para a atividade.
“A simples perda de credibilidade do processo de consolidação fiscal faria com que as taxas de juros aumentassem e que os investimentos privados diminuíssem, o que prejudicaria o crescimento econômico do país e reduziria a renda e a geração de empregos”, disse o Tesouro.
“Em termos numéricos, um aumento de 1 ponto percentual na taxa de juros reduziria o PIB entre 52 bilhões e 92 bilhões de reais em um ano”, acrescentou.
💥️(Atualizada às 15h13)
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